Academia Médica
Academia Médica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Pesadelos frequentes em idosos podem ser sinal precoce da doença de Parkinson

Pesadelos frequentes em idosos podem ser sinal precoce da doença de Parkinson
Academia Médica
jun. 27 - 2 min de leitura
000

Para algumas pessoas, ter pesadelos pode não ser sinônimo apenas de uma noite mal dormida. Idosos que um dia serão diagnosticados com a doença de Parkinson podem começar a ter frequentes sonhos ruins alguns anos antes do aparecimento de sintomas característicos da doença, como tremores, rigidez muscular e lentidão de movimentos. Segundo artigo publicado no site Medical Press, estudos recentes sugerem que entre 17% e 78% das pessoas com Parkinson têm pesadelos semanalmente.

“Um estudo que conduzi em 2021 descobriu que pessoas recém-diagnosticadas com Parkinson que experimentam sonhos recorrentes com conteúdo agressivo ou cheio de ação têm progressão mais rápida da doença nos anos seguintes ao diagnóstico, em comparação com aquelas sem sonhos agressivos”, afirma o autor do artigo, Abidemi Otaiku, que é pesquisador na área de neurologia da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.

Abidemi analisou um estudo norte-americano que continha dados coletados ao longo de 12 anos de 3.818 homens idosos e que incluía uma pergunta sobre pesadelos. Num período de cinco a sete anos, 91 idosos que participaram do estudo desenvolveram Parkinson. De 368 que relataram pesadelos, 16 foram diagnosticados com a doença. “

Aqueles que relataram ter pesadelos frequentes no início do estudo tinham duas vezes mais chances de desenvolver Parkinson em comparação com aqueles que os tiveram menos de uma vez por semana...O estudo também mostra que os sonhos podem revelar informações importantes sobre nossa estrutura e função cerebral e podem vir a ser um alvo para pesquisas em neurociência”.

Abidemi acredita que, no futuro, os dados podem contribuir com o disgnóstico precoce e até com o desenvolvimento de tratamentos que venham a impedir a progressão da doença. Agora, ele pretende usar a técnica de eletroencefalografia (que mede ondas cerebrais) para analisar razões biológicas de sonhos ruins em pacientes.

Com informações de Medical Express. 

Referência bibliográfica:

Dr Abidemi I. Otaiku, Distressing dreams and risk of Parkinson's disease: A population-based cohort study, eClinicalMedicine (2022). DOI: 10.1016/j.eclinm.2022.101474

Leia também:

O rol taxativo impacta na autonomia do médico? Veja o que dizem alguns profissionais

Prática virtual de exercício físico pode induzir alterações neuroendócrinas comparáveis com a realidade

O índice glicêmico realmente importa?

 

 

 


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você