RESUMO
Definem-se cuidados paliativos (CP) como o conjunto de ações que melhoram a qualidade de vida de pacientes e familiares frente a uma doença ameaçadora da vida. Embora o evento morte seja mais frequente entre idosos do que qualquer outra faixa etária, a literatura aponta escassa evidência de indicação de CP para idosos, sobretudo os não oncológicos. No Brasil, diferentes especialistas prestam assistência ao idoso, do geriatra ao médico de família, do médico hospitalista ao paliativista, havendo hiatos na transição de cuidados entre os diferentes contextos de atuação destes profissionais. Este artigo tem como objetivos (a) discutir a transição do paciente idoso na fase final da vida entre as diferentes esferas de cuidado; (b) propor inédita classificação de CP específica para o idoso e (c) descrever possíveis cenários futuros nos CP geriátricos. Propõe-se que idade avançada, capacidade funcional e o respeito à autonomia com a construção em tempo ótimo das diretivas antecipadas de vontade devam ser os pilares dos CP geriátricos. Discute-se a necessária criação de mecanismos de compartilhamento dos conhecimentos inerentes de cada área médica entre os diferentes profissionais. Conclui-se que, no futuro, as políticas públicas nacionais possam incorporar ações semelhantes às que já comprovaram sucesso internacional, como a criação de ambulatórios de discussão de CP geriátricos, educação continuada na área para não geriatras e a instituição de uma política nacional de diretivas antecipadas de vontade.
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