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Design Thinking na Governança Clínica

Design Thinking na Governança Clínica
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mar. 19 - 5 min de leitura
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No contexto contemporâneo da saúde, a importância de se implementar práticas robustas de governança clínica e cuidados é indiscutivelmente fundamental para assegurar a qualidade e a segurança nos serviços prestados. Vinicius Ferreira de Castro, Claudia Regina Grandi, José Antonio Maluf de Carvalho e Fernando Carbonieri, em seu Working Paper de março de 2024, aprofundam-se nesta temática, ressaltando que uma gestão eficaz não se restringe apenas à organização e administração dos serviços de saúde.

Essa abordagem compreende também a promoção de uma cultura de melhoria contínua, o uso eficiente dos recursos, a minimização dos riscos associados aos cuidados de saúde, e o estímulo à excelência entre os profissionais. O conjunto dessas práticas e princípios é projetado para se adaptar às necessidades específicas de cada sistema de saúde, enfatizando a riqueza de modelos e estratégias existentes para atingir esses objetivos essenciais.

As dimensões da governança clínica e do cuidado são múltiplas e interconectadas, abrangendo desde a melhoria da qualidade e segurança do paciente até a eficiência dos recursos, responsabilidade, desenvolvimento profissional, e envolvimento dos pacientes. A implementação eficaz dessas práticas requer uma visão holística e integrada, englobando todos os níveis de uma organização de saúde e promovendo uma colaboração estreita entre médicos, equipes multiprofissionais, e pacientes.

Para enfrentar esses desafios, o Design Thinking apresenta-se como uma metodologia inovadora e centrada no ser humano, capaz de revitalizar a implementação de práticas de governança clínica e do cuidado. Através da imersão nas experiências dos usuários — sejam eles pacientes, profissionais de saúde ou administradores —, esta abordagem promove a identificação precisa de desafios e oportunidades, fomentando a criação de soluções criativas, adaptáveis e eficazes.

O processo de Design Thinking, ao ser aplicado à governança clínica, incentiva a definição criativa de problemas, a geração de ideias inovadoras, a prototipagem rápida e o teste de soluções, além de uma implementação colaborativa que valoriza o feedback contínuo dos usuários. Esse ciclo iterativo de aprendizado e aprimoramento permite a adaptação ágil às necessidades em evolução do sistema de saúde, garantindo soluções que são não apenas eficazes mas também profundamente alinhadas com as experiências e expectativas dos pacientes e profissionais.

Além disso, a integração dos princípios de Design Thinking na governança clínica e do cuidado destaca a importância da colaboração interdisciplinar, onde a diversidade de perspectivas e conhecimentos contribui para uma formulação rica e multifacetada de políticas de saúde. Esta abordagem criativa e inovadora não só estimula a busca por soluções originais para os desafios enfrentados, mas também promove uma cultura de aprendizado contínuo e melhoria sistemática, essencial para a evolução e sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Portanto, a proposta de um constructo teórico que alia a governança clínica aos princípios do Design Thinking revela-se não apenas inovadora, mas também profundamente necessária no contexto atual. Ao focar nos pacientes, fomentar a colaboração interdisciplinar, e encorajar a criatividade e o aprendizado contínuo, as organizações de saúde podem desenvolver e implementar práticas de cuidado que são não apenas de alta qualidade e seguras mas também sustentáveis e adaptáveis às mudanças contínuas no panorama da saúde.

Essa abordagem representa um avanço significativo na forma como concebemos e implementamos a governança clínica e do cuidado, oferecendo um caminho promissor para a transformação dos sistemas de saúde de modo a atender melhor às necessidades dos pacientes e profissionais, garantindo, simultaneamente, a sustentabilidade e eficiência dos serviços prestados.


Para ilustrar concretamente a integração do Design Thinking na Governança Clínica e demonstrar como esses princípios podem ser efetivamente integrados na prática, os autores desenvolveram a Figura abaixo. Ela oferece uma representação visual detalhada dos conceitos discutidos, facilitando a compreensão de sua aplicabilidade prática no contexto da saúde. Ela destaca os fundamentos do modelo proposto, sublinhando a interação essencial entre o foco centrado nos pacientes, a colaboração interdisciplinar, a criatividade e a inovação, bem como o aprendizado contínuo e sistemático. Essa abordagem multidimensional não só fortalece a efetividade clínica como também assegura a sustentabilidade do sistema de saúde, permitindo uma adaptação ágil às necessidades que constantemente evoluem dos envolvidos no processo de cuidado.

Este gráfico não apenas sintetiza as discussões propostas, mas também serve como um guia prático para a implementação dos princípios do Design Thinking na melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde.


Para aqueles interessados em explorar mais profundamente os insights e propostas dos autores, clique aqui e baixe o artigo completo. 




Referência: 

Castro, V. F., Grandi, C. R., Carvalho, J. A. M., & Carbonieri, F. (2024). Governança Clínica e do Cuidado e Design Thinking: Discussão inicial para proposição de um constructo. DparaE - Working Paper, Março de 2024. https://doi.org/10.13140/RG.2.2.29490.41926


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