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Direcionamento da carreira médica: a semana ideal!

Direcionamento da carreira médica: a semana ideal!
Bruno Rossini
jan. 28 - 4 min de leitura
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Hoje pela manhã, andando de bicicleta no parque do Ibirapuera, tive o insight que me levou a escrever esse texto. Estava com esse tempo livre, pois não tinha nenhuma cirurgia agendada para o período. Essa constatação me gerou certa frustração, e sei que é da dor que vem a criação. Comecei a pensar, então, como seria a minha semana ideal, e como seria bom se eu pudesse vivenciá-la. Você já parou para pensar nisso?

Para experimentar essa semana ideal, é necessário estar com a carreira e vida pessoal muito bem organizadas, pois acho utopia dissociá-las.  Pensei, então, em perguntas que poderiam ajudar a estruturar um roteiro para a situação sublime. Ressalto que esses questionamentos devem ser adaptados caso a caso e devem ser respondidos pensando e se colocando nesse cenário de plenitude e realização.

Seguem algumas provocações, primeiramente no âmbito profissional:

  • Quantas horas você gostaria trabalhar por semana?
  • Onde você estaria trabalhando? Você teria sócios?
  • Você consideraria importante ter um emprego público? Quantas horas gostaria de se dedicar a ele?
  • Quantos pacientes você gostaria de atender por período?
  • Você gostaria de atender pacientes de convênios ou particulares?
  • Qual o tempo que seria praticado na sua consulta?
  • Qual valor que você gostaria de receber por consulta?
  • Quantas cirurgias, em média, você gostaria de realizar por semana?
  • Qual o valor médio que você gostaria de receber por cirurgia?
  • Quais cirurgias você gostaria de realizar?
  • Você gostaria de trabalhar aos finais de semana ou dar plantões?
  • Qual salário mensal você acharia interessante receber?
  • Qual o nível de desenvolvimento acadêmico você gostaria de atingir?
  • Quantos congressos ou cursos você gostaria de realizar durante o ano?
  • Além da medicina, você gostaria de exercer outra atividade geradora de renda?

Agora, em relação ao desenvolvimento pessoal:

  •  Você estaria casado? Quantos filhos teria?
  • Quantas horas por semana você se dedicaria a sua família e amigos?
  • Quantas horas de sono você consideraria adequadas? 
  • Quais  hobbies você gostaria de estar praticando? 
  • Como você se enxerga em relação ao desenvolvimento espiritual?
  • Onde você estaria morando?
  • Quantas horas por semana você se dedicaria a atividades físicas?
  • Qual o custo de vida médio que sua família teria?
  • Quantas viagens você gostaria de realizar durante o ano?
  • Com quantos anos você teria atingido a independência financeira? E em quantos anos você se aposentaria?

Sei que algumas respostas não são tão fáceis, mas podemos amadurecê-las ao longo do tempo e com calma.

Sugiro, agora, realizar o seguinte exercício: monte uma planilha simulando a agenda de sua semana ideal. Além das atividades profissionais e acadêmicas, não deixe de colocar o lazer, as horas de sono, o cuidado com espiritualidade, os exercícios físicos e o convívio com a família. Visualizar essa agenda seria uma forma de deixar esse planejamento mais palpável. 

 Saiba que uma definição de “ideal” seria um “modelo de perfeição ou excelência” que, muitas vezes, só existe na imaginação, sendo inatingível concretamente.  Mas, creio que ao entendermos o que é importante para nós e, a partir daí,  nos planejarmos para isso, teremos muito mais chances de nos aproximarmos de nossas mais altas aspirações. A probabilidade desse processo nos levar por um caminho melhor, em relação a não realizar planejamento algum, é muito grande. O objetivo não seria atingir o almejado de um dia para o outro, mas sim direcionar corretamente a evolução da carreira e da vida pessoal.

Compreendo que é muito provável, e até mesmo esperado, que nossas vontades mudem ao longo do nosso amadurecimento e gentilmente devemos ajustar o nosso plano. As definições de êxito e felicidade são sim dinâmicas e dependem da fase de nossa vida.

Agora seguem as duas últimas provocações: se você já conseguiu elaborar o que você entende que é valoroso, não seria uma perda de tempo realizar qualquer ação que não vá de encontro a esses sonhos? Finalmente, mas não menos importante: como você pretende chegar lá?

Sucesso e um forte abraço!

 

Dr. Bruno Rossini

Médico Otorrinolaringologista


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