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Dislexia e ensino superior

Dislexia e ensino superior
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jun. 3 - 2 min de leitura
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Dificuldades inerentes à dislexia resultam em consequências comportamentais, emocionais, sociais e acadêmicas. Por isso, é importante adotar no Ensino Superior estratégias que possibilitem uma efetiva identificação e avaliação da dislexia, visando ao sucesso acadêmico, além de implementar programas que permitam identificar o perfil do aluno e quais os procedimentos educativos mais adequados.

Catarina Frade Mangas, de Portugal, e José Luis Ramos Sánchez, da Espanha, são autores do artigo A dislexia no ensino superior: características, consequências e estratégias de intervenção, publicado no periódico Revista Ibero Americana de Educação.  Os dois analisaram cinco alunos disléxicos através de entrevistas e grupo de discussão, recolhendo também relatórios de observação e avaliação destes alunos.

Os  participantes  do  estudo  apresentam  algumas  sugestões  para  uma  maior  e  melhor  intervenção  das  instituições  de  Ensino  Superior  relacionadas a alunos com dislexia:

  • Criação   de   instrumentos de coleta de informação acerca dos alunos;
  • Aumento do número de estudos realizados na área da dislexia;
  • Aumento do apoio/acompanhamento especializado através da criação de um tempo e espaço  próprios  e  de  grupos  de  ajuda  que  procurariam  trabalhar  as  dificuldades;
  • Disseminação da temática dislexia entre os alunos, apresentando  o conhecimento e o respeito da comunidade acadêmica pelas dificuldades dos alunos disléxicos;
  • Promoção dos serviços disponíveis para alunos visando à minimização das dificuldades.

O estudo destaca que a dislexia  afeta  não  só  a  forma  como  um  indivíduo  lê,  mas  também  um  leque  de  outras  importantes  funções.  De  forma  geral,  apontam Catarina e José Luis, os  efeitos  da  dislexia  podem  ser  agrupados  em  dois  grandes  blocos:  comportamental  e  escolar.  No  nível  comportamental,  que  inclui  aspectos  do  foro  emocional  e  social,  a  dislexia  cria  ansiedade,  frustração  e  estresse  face  à  leitura  e,  frequentemente,   extrema  insegurança  ou  excessiva  vaidade,  falta  de  atenção  e  claros  sinais  de  cansaço.  Este  cansaço  pode  ser  tanto  intelectual  como  físico,  resultado  de  um  forte  desgaste  da  motivação  e  fracasso  cotidiano,  com  frequentes  variações  de  humor, gerando perdas na aprendizagem.

Catarina e José Luis defendem que não basta estudar, demonstrar e estar convencido  da  utilidade  e  da  necessidade  das  alterações.  É  preciso, dizem eles, desestruturar paradigmas  e  redefinir  todo  um  sistema  educativo,  que  identifique  e  avalie  os  alunos  para  a construção e desenvolvimento de concepções aplicadas ao ensino.

Fonte

https://rieoei.org/RIE/article/view/1700#:~:text=Os%20resultados%20da%20nossa%20investiga%C3%A7%C3%A3o,%2C%20emocionais%2C%20sociais%20e%20acad%C3%A9micas.
 


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