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Humanização no curso de Medicina

Humanização no curso de Medicina
João Carlos Simões
dez. 4 - 2 min de leitura
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First the patient, second the patient, third the patient, fourth the patient, fifth the patient, and then maybe comes science." - Bela Schick (1877 - 1967) - Aphorisms Facetiae of Bela Schick

A preocupação com  a humanização da medicina e, especialmente, com o ensino da prática dos estudantes de medicina,  está constante presente nos hospitais e nos cursos de medicina. Pragmaticamente o que se discute  é como conduzir este processo de uma forma natural e como conduzi-la sistematicamente.

A interação entre o estudante e o paciente tem que extrapolar o aspecto formal, técnico ou puramente acadêmico. É seminal entender que essa relação humana deve ser respeitosa, com vínculo e responsabilidade. Os estudantes não devem esquecer jamais que  a medicina é fundamentalmente uma ciência humana.

O médico vocacional deve gostar das pessoas e, como já disse o professor Adib Jatene,  ser primeiro especialista em gente. A medicina se utiliza dos progressos tecnológicos  das ciências biológicas para atingir este fim humanista. O médico com formação humanista não só é um médico melhor como também uma pessoa melhor.

O humanismo é uma das grandes virtudes do ser humano e uma ferramenta de trabalho das profissões que lidam com a dor e o sofrimento humano.

O humanismo precisa ser ensinado na teoria e na prática, da mesma maneira como  se ensina fazer uma anamnese e um exame físico completo.

Começa na maneira de acolher o paciente pela primeira vez, no toque das mãos ao cumprimentá-lo, na afetividade e humildade do olhar e das palavras. Na compreensão  da fragilidade do doente. No respeito ao pudor. No reconhecimento que as palavras podem ferir mais que um bisturi. Na paciência das explicações necessárias e se despir completamente de reconhecimento ou de  favorecimento pecuniários extraordinários. Na fuga da pressa maligna!

Um estudante competente é sempre aquele que é atencioso e que valoriza as queixas dos pacientes, sem subestimá-las. Reputo como absolutamente necessário que preceptores e professores do curso de medicina devem ensinar compaixão como o remédio mais barato e eficiente. Ela é a base do humanismo da medicina contemporânea.

João Carlos Simões


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