Vídeo impressionante em que uma menina de pouco mais de um ano de idade realiza uma ressuscitação cardio pulmonar. Uma pura e legítima inspiração para salvar vidas.
Se me permitirem, assistir este vídeo fez-me pensar sobre o como escolhemos medicina.
Para muitos de nós, a escolha é natural, é a resposta a um chamado da vida para exercer a assistência ao necessitado no momento de sua enfermidade. Para outros, é a escolha de uma profissão que a princípio não foi tão evidente assim.
Ser médico, antes de tudo é ser humano. É gostar de pessoas. É ter atitude para fazer a diferença. É ser decisivo. É ser perito. É ser solícito. É ser prudente...
Em nenhum momento é ser escravo da profissão (ou de um governo). Não devemos nunca abdicar de nossas famílias, amigos ou pessoas. Não devemos aceitar salários vis, ou mesmo aceitar a ignorância que afirma somente que somos pagos para trabalhar e ponto, sem que estes olhem que o defeito não está somente naquele que veste o jaleco branco. Não devemos ser simpáticos àqueles que assinam a falência hospitalar, a falta de recursos e a degradação profissional;
Interferimos diretamente na vida do enfermo e na da família dele. Prevenimos doenças! Sugerimos qualidade de vida frente a adversidade. Nos desdobramos para manter a vida por mais que ela insista em tentar escapar.
Precisamos nos valorizar, e valorizar nossa profissão. Este chamado, que muitas vezes acontece no início da vida, deve ser a fonte de inspiração e valorização da nossa profissão.
Somos o que fazemos. Nos dedicamos para salvar vidas. Estudamos, aprendemos, nos especializamos e nunca deixamos de ser ensinados por nossos pacientes. E nunca deixaremos de ensinar a eles aquilo que aprendemos.
Uma excelente semana a todos, de plantão ou não!