A maior das especialidades: cuidar de gente e de todas as suas complexidades biopsicossociais - isso é medicina da família.
Cada dia que passa, vejo mais e mais a importância da medicina de família e comunidade, menosprezada e diminuída pela sociedade e, por vezes, pela própria classe médica. É na atenção primária que tudo se inicia; que podemos intervir ativamente, por meio da promoção da saúde e da prevenção de doenças, diminuído o número de complicações em praticamente todas as doenças crônicas e, consequentemente, suas morbimortalidades.
Do recém-nascido ao idoso, do planejamento familiar à condução de doenças psiquiátricas, das reuniões de grupos aos conflitos familiares: o médico de família deve ser o médico mais preparado. Sem dúvida alguma, eis a especialidade mais complexa da medicina.
Prescrever e encaminhar pacientes não é ser médico, isso lhe faz um técnico em doenças. Ser médico, acredite meu amigo, é muito, muito mais que isso. E tudo fica mais bonito quando você tem ao seu lado outros profissionais que também amam o que fazem.
O SUS é caótico muitas vezes, mas se dermos nosso melhor, dá pra mudar muito essa realidade e fazer verdadeiros 'milagres' acontecerem no dia a dia. A mudança de postura civilizatória começa em nós, quando nos tornamos mais responsáveis por nossos pacientes e mais comprometidos com nosso trabalho e profissão.
Valorize o médico de família. Médicos de família, tornem-se cada vez melhores! Mais de 80% dos processos saúde-doença podem ser abordados e gerenciados ainda na atenção básica.
Qualquer médico pode prestar atendimento na atenção primária (pelo menos ainda), mas fazer medicina de família e comunidade não é para qualquer médico! Tem que ter empatia, tem que ter muito conhecimento e, acima de tudo, gostar de gente.
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