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Ministério da Saúde: Atualização sobre Febre do Oropouche

Ministério da Saúde: Atualização sobre Febre do Oropouche
Comunidade Academia Médica
jul. 26 - 3 min de leitura
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A Febre do Oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Oropouche, um membro do gênero Orthobunyavirus da família Peribunyaviridae. Identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, o vírus foi isolado de um bicho-preguiça durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, tanto casos isolados quanto surtos da doença foram reportados principalmente na região Amazônica, com incidências também em outros países da América Latina, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.


🚩Transmissão e Ciclos da Doença

O principal vetor da Febre do Oropouche é o mosquito Culicoides paraenses, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. A transmissão ocorre quando um mosquito infectado pica um ser humano, transferindo o vírus. Existem dois ciclos de transmissão conhecidos:

1. Ciclo Silvestre: Inclui animais como bichos-preguiça e macacos, com mosquitos como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus atuando como vetores.

2. Ciclo Urbano: Onde os humanos são os principais hospedeiros, com o mosquito Culicoides paraenses como vetor principal, e o Culex quinquefasciatus, presente em ambientes urbanos, podendo ocasionalmente transmitir o vírus.


🚩Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da Febre do Oropouche são similares aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e diarreia. O diagnóstico é baseado em critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, sendo a doença de notificação compulsória devido ao seu potencial epidêmico e alta capacidade de mutação.


🚩Prevenção e Controle

Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche. Recomendações incluem:

  • Evitar áreas com alta presença de mosquitos.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas.
  • Manter ambientes limpos e livres de possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.


🚩Ações do Ministério da Saúde

Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro tem intensificado esforços para combater a Febre do Oropouche, incluindo:

  • Monitoramento permanente através da Sala Nacional de Arboviroses.
  • Publicação de nota técnica com orientações para prevenção e controle.
  • Aquisição de 380 mil testes adicionais para diagnóstico em 2024.
  • Elaboração do Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses 2024/2025.
  • Realização de webinários e visitas técnicas para investigação e suporte local.
A conscientização e educação continuada sobre a Febre do Oropouche são cruciais para profissionais de saúde e para a população em geral. É essencial que todos estejam informados sobre os sintomas e medidas preventivas para ajudar a controlar a disseminação deste vírus potencialmente epidêmico.


Referências:


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