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Nas profissões de saúde, homens ainda ganham mais que as mulheres!

Nas profissões de saúde, homens ainda ganham mais que as mulheres!
Millena Catharino
mar. 8 - 5 min de leitura
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Nas profissões de saúde, homens ainda ganham mais que as mulheres!

Pesquisa realizada nos EUA revela que ainda há uma grande diferença nos ganhos entre homens e mulheres

O que a faculdade não te conta é que, em pleno século XXI, ainda observamos diferenças salariais entre os gêneros. E isto acontece principalmente entre nós, profissionais de saúde. Confira no Academia Médica este artigo encontrado no Faculty of Medicine sobre este assunto polêmico.

Médicas ganham, por ano, US$56.000,00 a menos quando comparadas aos colegas do gênero masculino, segundo um recente estudo americano, que constatou que esta lacuna não se moveu desde 1980. Esta pesquisa de relevância nacional, foi realizada com dados entre 1987 e 2010. Descobriram que, embora as lacunas salariais tenham encolhido ao longo do tempo entre os profissionais que não são da área de saúde, isto não ocorreu com os médicos e outros profissionais de saúde.

"Existe algo intrínseco na força de trabalho médica" disse Dr. Anupam B. Jena, o autor principal do estudo realizado pela Harvard Medical School's Department of Health Care Policy (escola de Medicina de Harvard, departamento de política de Cuidados em Saúde). "Gostaríamos de ter encontrado que a diferença entre homens e mulheres tivessem convergido ao longo dos anos, entretanto, descobrimos que esta lacuna se manteve relativamente constante".

Ele e seus colegas compararam respostas, sobre renda e outros aspectos do trabalho, de aproximadamente 6300 médicos e 32000 entre os outros profissionais de saúde. Levando em conta número de horas trabalhadas e anos de experiência - não contando a especialidade - encontraram que os médicos do gênero masculino ganharam, em média, US$221.000,00 em 2006, enquanto as do gênero feminino receberam cerca de US$165.000,00. Essa diferença salarial de aproximadamente 25% é similar à lacuna de 20% que Jena e seus colegas encontraram entre os médicos pesquisados entre 1987 e 1990.

A diferença salarial de 40% se manteve entre os dentistas do gênero feminino e do gênero masculino. Essa disparidade caiu um pouco para cerca de 11% para os farmacêuticos e 6% para os enfermeiros, reportaram os pesquisadores da JAMA Internal Medicine. Durante o mesmo período, encontraram que a diferença salarial entre homens e mulheres (que não são da área da saúde) caiu de 28% entre 1987 e 1990, para 15% entre 2006 e 2010.

Dr. Jena deu algumas explicações para esta disparidade salarial entre homens e mulheres:"Pode ser porque mulheres trabalham em um número menor de casos ou porque os homens trabalham em especialidades melhor remuneradas. Preconceitos implícitos, entretanto, poderiam impedir as mulheres de entrar nestes campos de trabalho, em primeiro lugar".

"Pode ser o caso de que pediatras, do gênero feminino e do masculino, e cirurgiões de ambos os gêneros, ganhem um mesmo salário. É mais difícil, porém, para as mulheres entrarem para a cirurgia, então seu acesso a campos de trabalho melhor remunerados seria menor", disse  Dr.Jena, também do Massachusetts General Hospital, em Boston". Se nós chamamos isso de discriminação ou preconceito, acredito que sejam a mesma coisa", ele disse.

Apesar disto "ser verdade até certo ponto", disse Anthony Lo Sasso, um pesquisador de política de saúde e economia da universidade de Illinois, em Chicago, é provável que exista menos preconceito hoje para que as mulheres entrem em determinadas especialidades que no passado. "É difícil dizer qual é o fator principal", disse Lo Sasso, que  não estava envolvido nesta pesquisa. Ele disse que é possível que mais mulheres escolham flexibilidade e menos horas de trabalho ao invés de salários mais altos, por exemplo. "Eu percebi que uma grande questão ficou sem resposta: o que nós realmente podemos dizer sobre o quanto esta é uma escolha que os médicos estão fazendo, uma vontade entre ganhar mais dinheiro e ter um equilíbrio mais razoável entre trabalho e vida pessoal?" ele disse. "Acho que o que realmente importa é se queremos rotular esta diferença como um problema ou não".

Jena concordou "Se as oportunidades fossem igualmente acessíveis, e as mulheres continuassem a escolher certas especialidades por questões de estilo de vida, tudo bem", ele disse. "Temos que ter certeza, entretanto, que estas oportunidades existem"

Caro amigo leitor, deixe aqui sua opinião. Será que isto também acontece no Brasil? Se sim, por que isto acontece?

 Fonte : http://forum.facmedicine.com/threads/study-gender-income-gaps-persist-among-doctors.16279/

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