A detecção de alguns tipos de câncer, como o de fígado,
geralmente envolvem procedimentos invasivos que geram desconforto aos
pacientes. Porém, cientistas do Peking Union Medical College e do Fanshengzi
Clinical Laboratory trabalham no desenvolvimento de um método que capaz de detectar
assinaturas epigenéticas e mutacionais (e também marcadores de metilação) em
uma pequena amostra de sangue. A experiência foi descrita na revista Science Translational Medicine.
O método foi batizado de cápsula de mutação plus (MCP). Em
fase inicial, ele foi testado, segundo o estudo, em amostras de sangue de
sessenta pacientes com câncer de fígado, sendo que os resultados obtidos foram
comparados com um grupo de controle. Na sequência, o teste foi repetido com envolvimento
de 58 pacientes. Respectivamente, foram obtidas sensibilidades de 90 e 94%.
Posteriormente, testes foram realizados em amostras de
sangue de pessoas diagnosticadas com hepatite B, doença considerada como um fator
de risco para o câncer de fígado. Este foi detectado de forma precoce em quatro
de cada cinco casos analisados.
Apesar dos resultados positivos, os pesquisadores responsáveis
pelos trabalhos dizem que mais estudos são necessários para testar a real
eficácia do procedimento.
Referência:
Pei Wang et al,
Simultaneous analysis of mutations and methylations in circulating cell-free
DNA for hepatocellular carcinoma detection, Science Translational Medicine
(2022). DOI:
10.1126/scitranslmed.abp8704
Pesquisadores identificam novas vias responsáveis pelo câncer de fígado