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O financiamento de novos antibióticos em debate na Suíça

O financiamento de novos antibióticos  em debate na Suíça
Janine Diniz Fortuna
jun. 1 - 2 min de leitura
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A resistência aos antibióticos já mata mais de um milhão de pessoas no mundo todo a cada ano. Isso é muito mais do que a AIDS ou a malária. A solução seria desenvolver novos medicamentos, mas a grande farmácia parece não ter pressa.

Entre os gigantes do setor, a Roche é um dos poucos a realizar suas próprias pesquisas sobre antibióticos. Os outros "pesos pesados" como Novartis, Sanofi e AstraZeneca desistiram na última década.

A maior parte das pesquisas inovadoras neste campo é agora realizada por pequenas empresas. Isto porque o desenvolvimento de um novo antibiótico envolve riscos e custos consideráveis: cerca de 95% dos ensaios clínicos falham e as vendas são geralmente insuficientes para recuperar o investimento.

Há esperança, porém, no Fundo de Ação de Resistência Antimicrobiana de US$1 bilhão, lançado no auge da pandemia de Covid-19 para trazer dois a quatro novos antibióticos ao mercado até 2030.

O fundo, que tem sua sede europeia na Basileia na Suíça é apoiado pelas 20 maiores empresas farmacêuticas.

A Roche foi a grande protagonista de antibióticos durante décadas, com produtos emblemáticos como Bactrim e Rocephin, mas se retirou do mercado em 1999 e só retornou em 2013. Isto foi em parte devido ao dramático aumento do número de bactérias altamente resistentes aos antibióticos tradicionais, diz John Young. A multinacional e sua subsidiária americana têm atualmente dois candidatos a antibióticos na fase clínica e também estão trabalhando em soluções digitais e de diagnóstico. O objetivo é "encontrar o tratamento certo para o micróbio certo no momento certo".

O dilema econômico 

O retorno da Roche injetou otimismo na pesquisa de antibióticos e poderia ser uma bênção para a posição da Suíça no campo. Só na Basiléia há 18 grupos de pesquisa sediados em universidades  trabalhando na resistência antimicrobiana, bem como empreendimentos colaborativos como o NCCR AntiResist (Centros Nacionais de Competência em Pesquisa), que recebeu 17 milhões (US$ 17,7 milhões) da Fundação Nacional de Ciência da Suíça (Swiss National Science Foundation) apoiada pelo governo, para descobrir novas abordagens aos antibióticos.

Fontes

 https://www.nature.com/articles/d41586-022-00228-x#:~:text=The%20team%20found%20that%20in,number%20were%20associated%20with%20it.

https://www.swissinfo.ch/eng/looming-bacterial-pandemic-triggers-debate-over-how-to-pay-for-new-antibiotics/47543214

https://baselarea.swiss/blog-post/amr-is-a-threat-and-the-basel-area-is-part-of-the-solution/

https://www.nature.com/articles/d41586-020-02884-3

 

 


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