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O uso de plantas medicinais pela população: importância do conhecimento pelos profissionais da saúde

O uso de plantas medicinais pela população: importância do conhecimento pelos profissionais da saúde
Jamili Laís Baratieri
jan. 18 - 3 min de leitura
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As plantas medicinais constituem uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), aprovada em 2006, pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), são amplamente utilizadas pela população brasileira no cuidado à saúde, com maior evidência na Atenção Primária à Saúde (APS). Portanto, verifica-se a necessidade de profissionais de saúde qualificados, bem como o fortalecimento de políticas e diretrizes para o uso seguro (BRASIL, 2012). 

O Brasil apresenta uma grande biodiversidade de espécies de plantas, em tese, a maior do mundo. Remédios de origem vegetal eram utilizados pela população indígena para a manutenção da saúde (BRASIL, 2012). Nesse contexto, é notório que as plantas medicinais estão presentes na história do país, na cultura que é passada entre as gerações. Além disso, possuem um valor agregado no autocuidado, transcendendo o corpo físico, integrando a mente e a alma.

A Resolução Nº 10, de 9 de março de 2010, regulamenta o uso de plantas medicinais como meio de garantir a segurança e a eficácia. Os chás são usados diariamente como um saber popular no cuidado à saúde. Portanto, é imprescindível o conhecimento científico sobre o tema pelos profissionais da saúde, como forma de prevenção do uso incorreto pela comunidade (BADKE, 2016). 

Diante do que foi supracitado, ressalta-se a importância do uso racional das plantas medicinais, visto que também podem apresentar riscos à saúde em decorrência da  toxicidade, interação medicamentosa ou efeito adverso (BALBINO, DIAS, 2010). 

Algumas plantas de uso comum pela população como o gengibre, alho e a camomila, por exemplo, apresentam interação com anticoagulantes, como a varfarina, podendo aumentar o risco de sangramentos. Ademais, a interação do alho com a insulina pode causar hipoglicemia (CARNEIRO, COMARELLA, 2016).

Assim, o conhecimento da temática torna-se necessário desde o ambiente acadêmico dos estudantes de medicina e futuros médicos, uma vez que o uso das plantas medicinais pode interferir no tratamento das doenças e na saúde em geral dos pacientes.

 

Leia também

 

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 156 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica ; n. 31).

Brasil. Ministério  da  Saúde.  Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária  (ANVISA).  Resolução  da Diretoria  Colegiada  (RDC)  nº  10,  de  9  de  março  de  2010.  Dispõe  sobre  a  notificação  de drogas  vegetais  junto  à  Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária  (ANVISA)  e  dá  outras providências.

BADKE, M. R. et al. Saber popular: uso de plantas medicinais como forma terapêutica no cuidado à saúde. Revista de Enfermagem da UFSM, v.  6, n. 2, p. 225-234, 2016.

BALBINO, E. E.; DIAS, M. F. Farmacovigilância: um passo em direção ao uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos. Rev. bras farmacogn, v. 20, n. 6, p. 992-1000, 2010.

CARNEIRO, A, L, C; COMARELLA, L. Principais interações entre plantas e medicamentos. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 9, n. 5, 2016. 


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