O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, confirmou a liberação de US$3,5 milhões do Fundo de Contingência para Emergências (CFE) para a compra e entrega de suprimentos médicos urgentes na Ucrânia.
O comunicado oficial foi divulgado nesta quinta-feira (24) e Adhanom confirmou que há grande preocupação com a os próximos capítulos da Guerra entre a Ucrânia e a Rússia e seus impactos na saúde.
"Estou profundamente preocupado com a escalada da crise de saúde na Ucrânia”. (Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS)
A OMS também reiterou a importância do sistema de saúde continuar funcionando para que as pessoas continuem tendo acesso aos cuidados essenciais (COVID-19, câncer, tuberculose, atendimento à saúde mental, dentre outros).
Outras recomendações
Além da mobilização para manter o acesso à saúde, a OMS reforçou que é importante tomar o máximo de cuidado por todas as partes para garantir que as instalações de saúde suprimentos cheguem a quem precisa.
O órgão também avalia a importância de outros países prestarem assistência humanitária à Ucrânia agora e destacou que, durante décadas, sempre houve um trabalho de estreita colaboração com as autoridades de saúde no país.
O que está acontecendo na Ucrânia?
Os militares da Rússia invadiram a Ucrânia na quinta-feira (24), após ordem do presidente russo Vladmir Putin. Além da capital Kiev, ataques já foram registrados em cidades como Odessa, Donetsk e Kramatorsk. Em entrevista à agência de notícias Interfax-Ucrânia, o Ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko afirmou que o sistema de saúde encontra-se estável no momento, porém, pacientes aptos a receber atendimento ambulatorial estão desocupando leitos para que novas pessoas sejam atendidas.
Não há precisão em relação aos dados oficiais na saúde e, no momento, diversos documentos digitais não estão disponíveis, uma vez que até os sites oficiais ficaram fora do ar por causa de ataques cibernéticos.
De acordo com o Ministério da Transformação Digital da Ucrânia, todos os registros estarão “pausados” até que haja garantia de segurança nos dados e na privacidade dos cidadãos.
O que diz a Embaixada do Brasil sobre o assunto?
Profissionais da saúde e brasileiros residentes na Ucrânia podem contar com o apoio da Embaixada do Brasil em Kiev que está atuando com alerta máximo à guerra e aos seus desdobramentos.
Confiras os principais canais de comunicação para tirar dúvidas:
Site da Embaixada: http://kiev.itamaraty.gov.br/pt-br/
Telegram: https://t.me/s/embaixadabrasilkie
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Referências
World Health Organization.WHO Director-General: Deeply concerned over escalating health crisis in Ukraine. Disponível em: https://www.who.int/news/item/24-02-2022-who-director-general-deeply-concerned-over-escalating-health-crisis-in-ukraine. Acesso em 24/02/2022
Interfax-Ukraine.National security services to turn off all state registers until situation in Ukraine stabilizes, number of documents in Diia not to be available - Digital Transformation Ministry. Disponível em: https://en.interfax.com.ua/news/general/801572.html. Acesso em 24/02/2022.
Ministério das Relações Exteriores. NOTA À IMPRENSA Nº 31- Brasileiros na Ucrânia. Disponível em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/brasileiros-na-ucrania. Acesso em 24/02/2022