Nos últimos anos, tem-se observado um aumento no número de residentes médicos optando por fellowships, conforme dados do National Resident Matching Program. Esta escolha, entre seguir diretamente para a prática clínica ou buscar treinamento adicional, é profundamente pessoal e deve ser considerada cedo na trajetória profissional.
No artigo publicado pela American Medical Association em 16 de janeiro de 2024, a discussão se concentra na crescente procura por fellowships em medicina. O artigo compartilha a perspectiva de um médico, Dr. Jason Lesnick, que após completar três anos de residência em medicina de emergência na McGovern Medical School da Universidade do Texas, optou por se tornar médico assistente em vez de buscar um fellowship. Ele destaca cinco perguntas cruciais que influenciaram sua decisão, oferecendo insights úteis para outros residentes médicos e cirúrgicos:
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Quais são seus objetivos de longo prazo? Para especialidades como medicina de emergência, um fellowship pode não ser necessário, enquanto em áreas como cirurgia ortopédica, a subespecialização é quase uma norma.
Qual é o custo de oportunidade? Avalie as perdas potenciais de renda ao estender o treinamento e os ganhos potenciais que a formação adicional pode trazer. Considere também o impacto na acumulação de poupança e no pagamento de empréstimos estudantis.
Qual é o seu plano de vida? A geografia e a construção de uma vida pessoal são fatores importantes. As conexões e a experiência adquiridas durante a residência podem diminuir a necessidade de um fellowship para alguns.
Quão confortável você está com sua carga de dívida? Prolongar o período de treinamento pode significar adiar o pagamento significativo de empréstimos. Optar diretamente pela prática pode acelerar a quitação de dívidas.
Você buscou feedback? Converse com médicos e mentores confiáveis sobre o valor adicional que um fellowship pode oferecer e se é essencial para atingir seus objetivos.
O Dr. Jason Lesnick enfatiza que, se um fellowship é fundamental para atingir seus objetivos de carreira, ele não deve ser ignorado. Por outro lado, se sua carreira desejada não exige um fellowship, pode não valer a pena investir tempo e recursos nele.
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Ao ponderar sobre a decisão de fazer um fellowship, é crucial reconhecer que esta escolha é mais do que uma trajetória acadêmica; é um caminho que entrelaça aspirações profissionais e pessoais, afetando significativamente a vida financeira e pessoal. Refletir sobre estas questões, com a consciência de que cada escolha molda o futuro de maneira única, é essencial. Buscar feedback de médicos e mentores confiáveis é de fato um passo fundamental. Estes indivíduos, com sua riqueza de experiência e perspectiva, podem oferecer insights, ajudando a avaliar não apenas o valor imediato de um fellowship, mas também seu impacto duradouro na carreira e na vida pessoal.
Referência:
Murphy, B. (2024, January 16). Thinking about fellowship? Ask yourself these 5 questions. American Medical Association. Retrieved from https://www.ama-assn.org/medical-residents/medical-fellowships/thinking-about-fellowship-ask-yourself-these-5-questions