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Pesquisa Avalia Azitromicina contra Doença Pulmonar em Prematuros

Pesquisa Avalia Azitromicina contra Doença Pulmonar em Prematuros
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abr. 27 - 3 min de leitura
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Um estudo realizado pela Universidade de Cardiff, concluiu que o uso precoce de azitromicina não impede o desenvolvimento de doença pulmonar crônica em bebês prematuros. A pesquisa, publicada na revista The Lancet Respiratory, e divulgada em Medical Xpress em 26 de abril e 2024 Medicine, representa o maior ensaio clínico já realizado sobre o uso de azitromicina e doenças pulmonares crônicas em bebês prematuros.

A doença pulmonar crônica, frequentemente chamada de displasia broncopulmonar, é uma das principais doenças que afetam bebês nascidos prematuramente. "Apesar dos avanços no cuidado neonatal, as taxas de doença pulmonar crônica têm permanecido praticamente inalteradas, especialmente em infantes nascidos antes de completarem 30 semanas de gestação", explica o Professor Sailesh Kotecha, da Escola de Medicina da Universidade de Cardiff.

Historicamente, há controvérsias sobre o potencial dos antibióticos macrolídeos, que incluem a azitromicina, em reduzir a incidência de doença pulmonar crônica nesses pacientes. "Diversos ensaios de menor escala apresentaram resultados conflitantes. Por isso, nossa meta com o estudo AZTEC era fornecer uma resposta definitiva sobre a eficácia da azitromicina na redução dessa condição em bebês prematuros", afirma Kotecha.

O estudo AZTEC envolveu a participação de 796 bebês prematuros de 28 unidades de cuidado neonatal intensivo no Reino Unido, com colaboração de várias instituições, incluindo a Universidade de Leicester, Imperial College London, University College London, Universidade de Liverpool e Universidade de Newcastle.

Os resultados indicaram que uma intervenção isolada com azitromicina não é eficaz, e destacaram a importância de avaliar os efeitos a longo prazo do medicamento no desenvolvimento respiratório e neurológico dos bebês. "É crucial não apenas entendermos as melhores abordagens para reduzir a incidência de doença pulmonar crônica em bebês prematuros, mas também garantir o uso consciente de antibióticos em um cenário de crescente resistência antimicrobiana", ressalta o professor.

O estudo concluiu que a azitromicina não previne a doença pulmonar crônica em bebês nascidos prematuramente e recomenda cautela no uso deste antibiótico em unidades neonatais, visto que não reduziu as taxas da doença.

"Essas informações novas e definitivas ajudarão a delinear as opções de tratamento para a doença pulmonar crônica em bebês prematuros e a evitar o uso inapropriado de antibióticos em ambientes clínicos", conclui Kotecha.



Referência: 

Medical Xpress. (2024, April 26). Clinical trial evaluates azithromycin for preventing chronic lung disease in premature babies. Medical Xpress. https://medicalxpress.com/news/2024-04-clinical-trial-azithromycin-chronic-lung.html


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