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Pesquisa Explica a Propagação do Câncer de Mama para os Ossos

Pesquisa Explica a Propagação do Câncer de Mama para os Ossos
Comunidade Academia Médica
out. 20 - 3 min de leitura
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Pesquisadores da Universidade de Tampere, na Finlândia, e do Instituto de Tecnologia de Izmir, na Turquia, desenvolveram um modelo in vitro para investigar por que o câncer de mama frequentemente se espalha para os ossos. Este avanço promete ser um passo para o desenvolvimento de ferramentas pré-clínicas que poderão prever a metástase óssea do câncer de mama, uma descoberta com potencial para revolucionar a abordagem desta doença.

O câncer de mama representa um grande desafio para a saúde pública mundial, com 2,3 milhões de novos casos e 700.000 mortes anualmente. Embora cerca de 80% dos pacientes com câncer de mama primário possam ser curados se diagnosticados e tratados prontamente, muitos casos já apresentam metástase no momento do diagnóstico, fase em que a doença se torna incurável e responsável por mais de 90% das mortes relacionadas ao câncer.

Um dos grandes desafios na pesquisa do câncer de mama tem sido a falta de modelos in vitro confiáveis que simulem a metástase para órgãos secundários como ossos, pulmões, fígado ou cérebro. Para enfrentar esse desafio, o grupo de Nanomateriais de Precisão da Universidade de Tampere, junto com o Laboratório de Biologia Molecular do Câncer no Instituto de Tecnologia de Izmir, utilizaram plataformas de laboratório em um chip para criar um modelo de metástase que é fisiologicamente relevante.

O câncer de mama tem uma propensão particular para se espalhar para os ossos, afetando cerca de 53% dos casos metastáticos. Isso resulta em sintomas graves como dor, fraturas ósseas patológicas e compressões da medula espinhal. "Nossa pesquisa oferece um modelo laboratorial que estima a probabilidade e o mecanismo da metástase óssea ocorrendo dentro de um organismo vivo. Isso avança a compreensão dos mecanismos moleculares na metástase óssea do câncer de mama e estabelece as bases para o desenvolvimento de ferramentas pré-clínicas para prever o risco de metástase óssea", explica Burcu Firatligil-Yildirir, pesquisadora pós-doutoral na Universidade de Tampere e primeira autora do estudo.

Segundo Nonappa, professor associado e líder do grupo de Nanomateriais de Precisão na Universidade de Tampere, desenvolver modelos in vitro sustentáveis que imitem a complexidade do microambiente nativo da mama e dos ossos é um desafio multidisciplinar. "Nosso trabalho mostra que modelos in vitro fisiologicamente relevantes podem ser gerados combinando biologia do câncer, microfluídica e materiais moles. Os resultados abrem novas possibilidades para o desenvolvimento de modelos preditivos de doenças, diagnósticos e tratamentos", acrescenta ele.


Esta pesquisa oferece esperança para futuras estratégias de diagnóstico e intervenção mais eficazes, abrindo caminho para uma abordagem mais direcionada e personalizada no tratamento e manejo do câncer de mama metastático.

👉🏻 Mais detalhes sobre este estudo? Acesse aqui a pesquisa na íntegra! 


Referência:

Tampere University. "Why breast cancer spreads to bone." ScienceDaily. ScienceDaily, 18 October 2024. <www.sciencedaily.com/releases/2024/10/241018131247.htm>.



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