Artigo publicado na revista New Microbes and New Infections alerta para o risco de
contaminações por um tipo de síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), que
passou a ser conhecida como “gripe do camelo”, entre torcedores que estão no Catar
para a Copa do Mundo. O texto é baseado em estudo desenvolvido por
pesquisadores da Johns Hopkins Aramco
Healthcare, da Aix Marseille University
e da University of Zürich.
A gripe dos camelos, como o próprio nome diz, infecta os
camelos, que podem acabar transmitindo a doença aos seres humanos. Identificada
pela primeira vez no ano de 2012, na Arábia Saudita, ela já matou cerca de 2600
pessoas pelo mundo. Os principais sintomas são febre, tosse e falta de ar.
No Catar, até então, apenas 28 casos do problema foram
registrados. Porém, segundo o estudo, o que preocupa é o grande número de
pessoas que estão no local para assistir aos jogos e que acabam se deslocando
para conhecer outros países do Oriente Médio. A situação poderia levar a um
surto muito mais amplo.
Para se prevenir da doença, é recomendado evitar o contato
com camelos e o consumo de produtos derivados do animal, como carne e leite,
relativamente comuns na região.
Referência:
Jaffar A. Al-Tawfiq et al, Infection risks associated with the 2022 FIFA world cup in Qatar, New Microbes and New Infections (2022). DOI: 10.1016/j.nmni.2022.101055