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Práticas esotéricas são a nova arma do Ministério da Saúde

Práticas esotéricas são a nova arma do Ministério da Saúde
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mar. 13 - 3 min de leitura
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Realmente vivemos em algum lugar que não faz sentido. Entender o Brasil é algo que somente aqueles que trabalham com o poder, pelo poder, conseguem. A péssima nova é a adoção do MS de procedimentos sinestésicos e esotéricos, sem comprovação científica, em seu rol de atividades para fornecer ao cidadão.

Agora, imposição das mãos, cromoterapia e aromaterapia fazem parte do rol de procedimentos do SUS. Você vai pagar por isso e não precisa ser nenhum aromaterapista para saber que isso cheira mal.

No site do CFM tivemos a seguinte nota:

As chamadas práticas integrativas e complementares – que receberam o incremento de mais dez modalidades pelo Ministério da Saúde nessa semana – "não apresentam resultados e eficácia comprovados cientificamente". A avaliação é do Conselho Federal de Medicina (CFM), expressa por meio de nota divulgada à imprensa e à sociedade nesta terça-feira (13).

Além da falta de comprovação científica (que torna a prescrição e o uso desses procedimentos proibidos aos médicos), a autarquia considera que a decisão de incorporação dessas práticas na rede pública ignora prioridades na alocação de recursos no SUS e cobra dos gestores medidas que otimizem a competência administrativa do sistema.

Sobre o Assunto, o presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, Concedeu a seguinte entrevista que foi publicada nas redes sociais:

NOTA À POPULAÇÃO E AOS MÉDICOS

Tema: Incorporação de práticas alternativas pelo SUS

Com relação ao anúncio feito pelo Ministério da Saúde sobre a incorporação do acesso a 10 novas modalidades de terapias alternativas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público manifestar sua posição contrária a essa medida pelos seguintes motivos:

1) Tais práticas alternativas não apresentam resultados e eficácia comprovados cientificamente;

2) A decisão de incorporação dessas práticas na rede pública ignora prioridades na alocação de recursos no SUS;

3) A prescrição e o uso de procedimentos e terapêuticas alternativos, sem reconhecimento científico, são proibidos aos médicos brasileiros, conforme previsto no Código de Ética Médica e em diferentes normas aprovadas pelo Plenário desta autarquia.

Finalmente, o Conselho Federal de Medicina reitera sua cobrança aos gestores do SUS para que adotem medidas que otimizem sua competência administrativa, com a promoção de políticas públicas eficazes e que possam ser acompanhadas por meio de um sistema permanente de monitoramento, fiscalização, controle e avaliação de resultados.

Brasília, 13 de março de 2018.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)

A nota pode também ser visualizada na íntegra neste LINK


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