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Quando um profissional de saúde é agredido, quem perde é você

Quando um profissional de saúde é agredido, quem perde é você
Fernando Carbonieri
mar. 23 - 4 min de leitura
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QUANDO UM PROFISSIONAL DE SAÚDE É AGREDIDO, QUEM PERDE É VOCÊ

Conselho Regional de Medicina de São Paulo e Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo unem-se para a prevenção das agressões aos profissionais de saúde.

Gritos, socos, pontapés, SOCORRO! SOCORRO!!! - Grita a mulher de jaleco branco, enquanto é apertada pelo pescoço por mãos raivosas e descontroladas que a esganam e a adoecem...

O lugar onde a paz e a ordem nunca deveriam ser profanadas, frequentemente vira palco de atitudes impossíveis de serem entendidas. Um hospital é o lugar onde enfermos estão para se recuperar de suas doenças e agravos, mas, infelizmente, tem sido o lugar gerador de doenças. Agressões físicas e assédio moral praticado por pacientes, estão virando rotina em hospitais e unidades de saúde.

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais de saúde são a primeira linha de defesa das pessoas enfermas. São estes os profissionais que recebem o paciente desde a entrada no estabelecimento de saúde até a solução do problema. Eles são expostos diariamente às dificuldades físicas, mentais e sociais de seus semelhantes porque escolheram salvar vidas, dar conforto e atenuar o sofrimento com a profissão que decidiram seguir. É isso o que os motiva, é para isso que estudaram e trabalham tanto.

Infelizmente, um fenômeno mundial está acabando com as aspirações pessoais e profissionais desses homens e mulheres da saúde. O ambiente de trabalho que existia apenas para curar e atenuar o sofrimento, subitamente, vira um campo de batalha. Por esse motivo, estão se retirando da linha de frente. Ou porque já estão doentes, ou porque estão querendo evitar a doença.

Para tentar melhorar o ambiente de trabalho e a assistência ao paciente, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo - CREMESP - e o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo - COREN-SP - juntaram-se para conscientizar a todos sobre a agressão ao profissional de saúde e pedem respeito pois, indiscutivelmente, estes profissionais são fundamentais na manutenção da vida.

O Burnout é um fenômeno mundial, que incapacita o profissional para o trabalho. Enfermeiros e médicos são os profissionais mais expostos a esse problema pois lidam diretamente com as dificuldades (as misérias) das pessoas. São profissionais que encaram de frente situações difíceis que, invariavelmente, são absorvidas por eles, diariamente.

anigif retangulo

Aqui no Brasil, a situação tem se mostrado um pouco pior, pois vemos nos noticiários e nas redes sociais situações que um médico foi agredido pelo paciente, que a enfermeira foi agredida pela mãe do paciente, que o profissional do SAMU foi agredido pelo filho do paciente... Mas nunca assistimos notícias do tipo “Mãe grita com médico e melhora o atendimento”, Ou ainda, “paciente xinga enfermeira, e recebe melhores cuidados”.

Com a campanha “QUANDO UM PROFISSIONAL DE SAÚDE É AGREDIDO, QUEM PERDE É VOCÊ”, o COREN-SP e o CREMESP acertam em cheio este fato, que não beneficia absolutamente ninguém.

Os dados são alarmantes e foram levantados pelo CREMESP e pelo COREN-SP:

pagina cremesp Página coren

Ainda, as agressões partem de quem menos se espera. Em 70% dos casos a agressão veio do paciente, e, em apenas 30% dos casos, do acompanhante ou familiar. A pesquisa ainda aponta que este problema é mais frequente com pacientes do SUS.

Os motivos são os mais diversos, mas nenhum justifica a agressão. O resultado só pode ser um. Quanto mais agressões, menos médicos e profissionais de enfermagem para atender nos pronto-atendimentos. Ao gritar, surrar, ameaçar, quem perde, é o paciente.

Acesse a Campanha do Conselho Regional de Medicina de São Paulo clicando AQUI ou do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo clicando AQUI


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