A Sepse é uma síndrome que compreende anormalidades fisiológicas, patológicas e bioquímicas, induzidas por infecção. É um problema de saúde pública mundial que apenas nos EUA consome mais de 20 Bilhões de dólares ao ano (5.2% de todos os custos hospitalares em 2011).
Aqui no Brasil, os estudos indicam que a Sepse apresenta taxa de mortalidade que varia conforme o estudo de 35% a 65%.
Os relatos de sepse vem aumentando como um reflexo direto do envelhecimento da população com maiores comorbidades e maior reconhecimento da síndrome.
Ainda, há relatos de que a população que sobrevive a Sepse, frequentemente apresenta problemas físicos, psicológicos e cognitivos por um longo tempo, o que implica em grandes problemas de atenção à saúde e problemas de ordem social.
Devido a esse grande problema, até o momento, a classe médica mundial tentou definir por 3 vezes o guideline para o diagnóstico e tratamento da Sepse, sendo o mais atual o de 2016, que estabelece os novos parâmetros e termos para o diagnóstico da SEPSE.
Vale Lembrar que o tratamento continua sendo o melhor antibiótico no menor tempo possivel após o Diagnóstico da Sepse.
Fizemos um infográfico para mostrar o diagnóstio e tratamento da doença com base nos dados mostrados pelo Task Force em conjunto com o Journal of American Medica Association - JAMA, que criou uma página apenas para mostrar o problema:
Nem o qSOFA ou o SOFA são definitivos para o diagnóstico de SEPSE. É crucial que não haja adiamento da investigação, tratamento da infecção ou atraso em qualquer outro aspecto da assistência necessária ao paciente, principalmente quando o qSOFA ou o SOFA arcarem dois pontos ou mais.
Lembramos que o qSOFA pode ser realizado rapidamente à beira do leito, sem a necessidade de exames de sangue. Espera-se que este score leve a uma identificação imediata de uma infecção que representa uma grande ameaça à vida do paciente.
Se os testes laboratórios não foram prontamente coletados, você deve pedí-los imediatamente para identificar alguma disfunção orgânica e bioquímica. Estes dados irão ajudar principalmente o manjo do paciente e irão diminuir posteriormente a pontuação do SOFA.
Apesar do conceito de SIRS ter desaparecido deste consenso, o Task Force avisa que os critérios do SIRS ainda permanecem válidos para identificar uma infecção.
Bom, esse foi o segundo Infográfico que fizemos. O Primeiro foi sobre o atendimento inicial ao queimado, que você pode acessar AQUI.
Para saber mais sobre o SEPSE 3 não deixe de acessar o Jama Sepsis.