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Talas feitas com clipes de papel para correção não cirúrgica de deformidades congênitas em orelhas de bebês

Talas feitas com clipes de papel para correção não cirúrgica de deformidades congênitas em orelhas de bebês
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mar. 3 - 2 min de leitura
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Integrantes da Universidade de Tóquio, em estudo publicado no Journal of Craniofacial Surgery, revelam bons resultados de uma abordagem não cirúrgica para correção de deformidades congênitas em orelhas de bebês. Eles relatam que utilizaram clipes de papel para construção de talas personalizadas com o intuito de moldar as orelhinhas em crescimento.

A experiência foi positiva principalmente entre crianças com menos de seis meses de vida, devido à maior maleabilidade da cartilagem da orelha e também ao fato de que crianças maiores são mais sujeitas a arrancar as talas. A técnica foi utilizada para correção de deformidades relativamente leves: criptotia, uma condição na qual a cartilagem da orelha superior fica parcialmente enterrada sob a pele; ou orelha contraída, na qual a parte superior da orelha é dobrada.

Entre os anos de 2010 e 2019, as talas foram utilizadas para correção não cirúrgica em oitenta orelhas de 63 pacientes, com idade média de quatro meses. Dobradas na forma necessária para guiar o crescimento da cartilagem, elas foram usadas pelas crianças durante todo o dia e à noite, sendo retiradas apenas no momento do banho. A armação de metal foi acolchoada com algodão para proteger a pele. Em torno dela, foi colocada resina termoplástica.

Após várias semanas de acompanhamento, os médicos notaram a formação de sulco auriculocefálico adequado na maioria das orelhas. Do total, 36,5% delas tiveram resultados considerados excelentes e 73% resultados satisfatórios. A alternativa foi apontada como simples, barata e personalizável. Segundo os autores do estudo, a técnica não inviabiliza o tratamento cirúrgico até os 5 anos de idade caso a correção com talas não seja bem sucedida.

Referência:

Hitomi Matsutani et al, Nonsurgical Creation of an Auriculocephalic Sulcus in Children With Congenital Auricular Deformities, Journal of Craniofacial Surgery (2023). DOI:10.1097/SCS.0000000000009180

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