Novo estudo do hospital infantil Ann & Robert H. Lurie,
de Chicago, indica que cotonetes nasais (swabs) podem distinguir crianças
internadas com vírus sincicial respiratório (VSR) que precisam
de cuidados intensivos por períodos mais longos.
Publicado na revista Frontiers
in Immunology, o trabalho, desenvolvido em unidade de terapia intensiva
pediátrica (UTIP), envolve o uso de hastes nasais de crianças alguns dias após
a internação por VSR para detecção e análise de genes ativados em resposta ao
vírus.
Foi constatado que sinais de maior dano às células que
revestem o nariz em determinados pacientes estava correlacionado a um maior
período de permanência em UTIP, independente da quantidade de VSR e da apresentação
clínica.
Desta forma, a conclusão é de que lesões nas membranas da
mucosa nasal de meninos e meninas com VSR podem ser um marcador de uma resposta
desregulada ao vírus, prevendo uma recuperação mais lenta.
Segundo os autores da pesquisa, para que haja aproveitamento
clínico da descoberta, a mesma ainda precisa ser validada por novos
experimentos em um grupo maior de crianças. Porém, se as constatações do estudo
forem confirmadas, os testes com cotonetes seriam capazes de fornecer
informações preciosas aos pais de pacientes infantis internados com VSR e
também às equipes médicas.
Referência:
Clarissa M. Koch et al, Cilia-related
gene signature in the nasal mucosa correlates with disease severity and
outcomes in critical respiratory syncytial virus bronchiolitis, Frontiers in
Immunology (2022). DOI:
10.3389/fimmu.2022.924792