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Neuralink: a união do cérebro humano com inteligência artificial ganha força com a entrada de Elon Musk neste negócio

Neuralink: a união do cérebro humano com inteligência artificial ganha força com a entrada de Elon Musk neste negócio
Fernando Carbonieri
mar. 28 - 3 min de leitura
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O CEO da Tesla e do Space X, Elon Musk está iniciando mais uma polêmica empresa. Chamada de Neuralink, a empresa busca criar dispositivos que possam ser implantados no cérebro humano para que, em algum momento, ele possa trabalhar com o auxílio de softwares e inteligência artificial. A interação cérebro máquina pode melhorar a memória e permitir uma interface direta entre dispositivos computacionais (aparelhos controlados pela mente).

Esse tipo de interface cérebro máquina ainda existe apenas na ficção científica. Entretanto, alguns dispositivos totalmente implantados já são realidade na medicina. Entre eles podemos citar os implantes para reduzir os efeitos do mal de Parkinson ou para inibir convulsões em pacientes refratários à medicação. Vale lembrar ainda os etsudos do brasileiro Miguel Nicolelis sobre interface homem máquina, o que permitiu que um tetraplégico utilizando um exoesqueleto desse o pontapé inicial na Copa do Mundo do Brasil em 2014. Estes dispositivos são extremamente caros e ainda são disponíveis a muito poucos pacientes. Outro motivo para a pouca utilização é a complexidade e periculosidade de procedimentos invasivos.

Ainda, algumas empresas do Vale do Silício demonstram um enorme interesse na possibilidade de melhorar a velocidade e cognição do cérebro humano, assim como prevenir o efeito degenerativo de algumas doenças ainda sem cura. É o caso do co fundador da Braintree, Bryan Johnson, que busca montar um time para reverter o efeito destas patologias e, eventualmente, fazer de nossos cérebros um órgão mais rápido e conectado.

Em uma entrevista no ano passado para o site The Verge, Johson afirmou que o processo ja foi feito para secção de medula, obesidade, anorexia, mas ainda não foi realizado para ler e escrever o código neural. A ideia é trabalhar com o cérebro da mesma forma que nós trabalhamos com outros sistemas biológicos complexos, como a biologia e a genética.


Há ainda a necessidade de muitos anos de pesquisa para entender ainda melhor o cérebro humano, além de inventar novas técnicas pioneiras de abordagens cirúrgicas, métodos para os softwares, e nos hardwares que possam ser implantados para que a interface cérebro máquina seja uma realidade.

Livro de Miguel Nicolelis no qual ele explica os caminhos para o desenvolvimento do ser humano biônico e a interface cérebro máquina

Os obstáculos no caminho de Johnson e Musk são imensos. Ainda ha uma limitação muito grande no quanto conhecemos sobre a comunicação entre neurônios (leia o Livro do Miguel Nicolelis para conhecer uma neurofisiologia diferente da que você teve na sua faculdade), sobre os métodos de aquisição e interpretação dos dados. Ou seja, ainda está muito cedo para que as pessoas se voluntariem para terem um chip implantado em seus cérebros.

Sim. Tudo isso parece insando no momento, entretanto não há motivos para duvidar da seriedade de Elon Musk. Depois de carros elétricos e foguetes que pousam verticalmente, investir em seres biônicos parece ser a sua nova devoção.

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