Medicina aeroespacial - Seu paciente vai viajar de avião. E agora?
Vivemos em um mundo sem distâncias. Voamos daqui para lá e de lá para cá com uma liberdade incrível, que a cada dia custa menos. Estar em outro país ou em outro estado, em poucas horas, não é mais um privilégio de poucos.
Aviões lotados, com pelo menos 100 pessoas a bordo cruzam os céus do mundo diariamente. O transporte de tantas pessoas com perfil diferenciado demanda um conhecimento de nós médicos que nunca foi comunicado durante a faculdade.
Como sabemos, a medicina é uma profissão comprometida com o bem estar do homem.O crescimento do número de passageiros que utiliza o avião como meio de transporte é uma realidade que devemos nos atentar diariamente.
Questionar nosso paciente se ele pretende realizar uma viagem de avião nos próximos dias ou meses é uma atitude necessária a qualquer médico, pois os agravos inerentes ao indivíduo, atrelados às condições do voo, podem gerar possíveis agravos evitáveis.
Ainda temos que atentar a casos que podem ocorrer com outros passageiros enquanto estamos voando. Não importa se a obrigação de você socorrer a vítima é moral ou não. As atitudes para o melhor atendimento nas condições adversas de uma aeronave devem ser conhecidas por todos.
Embora a maior parte desses eventos não seja grave, significativo número de casos resulta em óbito a bordo ou na necessidade de pouso não programado, para se garantir o atendimento médico apropriado.
Em outras circunstâncias, mesmo não requerendo atendimento imediato, a situação pode constituir uma questão de saúde pública no caso de doenças transmissíveis de interesse internacional. Idealmente, essas condições devem ser identificadas previamente ao voo, o que nem sempre é possível por diversas razões, incluindo o fato de que várias condições infectocontagiosas apresentam um período de incubação assintomático, cujos sintomas podem iniciar-se no transcurso da viagem aérea.
Para minimizar o potencial de disseminação internacional de doenças transmissíveis, o risco de morte a bordo e, ainda, o inconveniente dos pousos não programados –que sempre representam risco adicional e inconveniência de atrasos e quebra de programação –, eventos édicos devem ser gerenciados adequadamente durante o voo.
O fenômeno decorre diretamente da democratização do acesso às aeronaves por conta da mudança no perfil de consumo da população brasileira.No entanto, essa nova realidade trouxe um cenário de risco: a possibilidade de aumento, na mesma proporção, de ocorrências de agravos à saúde ou injúrias registradas por passageiros e tripulantes.
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Fonte: CFM