{"status":200,"response":{"result":"PUBLIC_ARTICLES_RETRIEVED","data":{"count":1,"content":[{"id":"6161e6b3e875f045c713799e","updated":"2021-10-11T16:39:10.022Z","created":"2021-10-09T19:00:03.581Z","statuses":{"approval_status":"approved","publish_status":"published","visibility_status":"public","has_pending_changes":false,"is_pinned":false,"is_paywall_disabled":true,"scheduled_date":"2021-10-11T13:30:00.241Z","rejection_reason":null},"metadata":{"location":"home","location_slug":"blog","content_type":"post","publish_date":"2021-10-11T13:30:00.780Z","likes_count":5,"bookmarks_count":0,"comments_count":1,"score":"2021-10-11T19:40:00.780Z","sharing_title":"Vulnerabilidade menstrual um problema de saúde pública.","sharing_description":"Não é novidade que a quantidade de meninas sem acesso a produtos de higiene básica é uma realidade diária na vida de milhares delas. \n\nDe acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, 25% das meninas entre 12 e 19 anos deixaram de ir à aula alguma vez por não ter absorventes. A falta constante na escola gera ainda mais desigualdade de gênero e continuidade da pobreza.\n\nRecentemente, uma notícia trouxe ainda mais relevância ao ao tema. Um projeto de lei vetado semana passada previa que itens básicos de higiene deveriam ser distribuídos para estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.\n\nLeia esse texto e entenda sobre a chamada vulnerabilidade menstrual e quais os seus prejuízos.\n\n#vulnerabilidademenstrual #primeiramenstruacao #ginecologia #medicinadafamilia #medicodafamilia","sharing_image":"https://58b04f5940c1474e557e363a.redesign.static-01.com/f/images/2263509cd08e5d0272df04be3392f73502c6dfa4.png","tag_ids":["5f782d24d014690897b6afd8","61623543c719df45b986d1f9","61623543c719df45b986d1fa"],"author_user_id":"5f957667d52ac41a26cc5d24","moderator_user_id":null,"project_id":"58b04f5940c1474e557e363a","course_id":null,"course_module_id":null,"group_id":null,"version":1,"tags":[{"id":"5f782d24d014690897b6afd8","title":"Saudepublica","slug":"saudepublica","project_id":"58b04f5940c1474e557e363a"},{"id":"61623543c719df45b986d1f9","title":"saudedamulher","slug":"saudedamulher","project_id":"58b04f5940c1474e557e363a"},{"id":"61623543c719df45b986d1fa","title":"direitoshumanos","slug":"direitoshumanos","project_id":"58b04f5940c1474e557e363a"}]},"content":{"title":"Vulnerabilidade menstrual, um problema de saúde pública.","slug":"vulnerabilidade-menstrual-um-problema-de-saude-publica","cover_image":"https://58b04f5940c1474e557e363a.redesign.static-01.com/l/images/2263509cd08e5d0272df04be3392f73502c6dfa4.png","headline":"Desde 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera o acesso à higiene menstrual um direito que precisa ser tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. De","main_content":"

Desde 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera o acesso à higiene menstrual um direito que precisa ser tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, 25% das meninas entre 12 a 19 anos deixaram de ir à aula alguma vez por não ter absorventes. A falta constante na escola gera ainda mais desigualdade de gênero e continuidade da pobreza.

Ainda nesse contexto, de higiene menstrual, mais de 4 milhões de estudantes frequentam colégios com estrutura deficiente de higiene, como banheiros sem condições de uso, sem pias ou lavatórios, papel higiênico e sabão. Desse total, quase 200 mil não contam com nenhum item de higiene básica no ambiente escolar. A situação é ainda pior quando se leva em conta que 713 mil meninas não têm acesso a nenhum banheiro (com chuveiro e sanitário) em suas casas. E outras 632 mil meninas vivem sem sequer um banheiro de uso comum no terreno ou propriedade.

Ademais, o projeto de lei vetado semana passada previa que itens básicos de higiene deveriam ser distribuídos para estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. Deveriam ser beneficiadas:

estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino;
pessoas em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;
pessoas apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e
pessoas internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

Além disso, o Brasil possui tributação elevada sobre absorventes. Apesar de terem alíquota zero do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ainda incidem sobre o produto PIS, Cofins (ambos federais) e ICMS (estadual).

Também, vale salientar que com o advento da pandemia a vulnerabilidade alimentar aumentou, com isso é fácil concluir que uma família que mal consegue comprar alimentos não vai conseguir comprar absorventes. No lugar de absorventes essas meninas/mulheres fazem uso de pedaços de pano usados, roupas velhas, jornal e até miolo de pão. Também, essas meninas/mulheres não conseguem realizar de três a seis trocas diárias de absorventes, conforme a indicação de ginecologistas, permanecendo com o mesmo absorvente por muitas horas.

Como consequência desse insuficiente ou inadequado manejo da menstruação podem ocorrer diversos problemas que variam desde questões fisiológicas, como alergia e irritação da pele e mucosas, infecções urogenitais como a cistite e a candidíase, e até uma condição que pode levar à morte, conhecida como Síndrome do Choque Tóxico. Do ponto de vista de saúde emocional, a pobreza menstrual pode causar desconfortos, insegurança e estresse.

Se postos de saúde distribuem preservativos de graça, não deveriam distribuir também absorventes se tratando de um problema de saúde pública?

Dica: Deixo aqui o filme Pobreza Menstrual, são quase 6 minutos de informações sobre o tema e muito interessante, porque além de trazer dados propõe soluções e fala sobre os impactos ambientais dos resíduos gerados .

Conteúdo relacionado

Referências

SENADO,\"O que é pobreza menstrual e por que ela afasta afasta as estudantes da escola\" , acesso em 09/10/2021.

UNICEF, \"Pobreza menstrual no Brasil\", acesso em 09/10/2021.

G1, \"Veto de Bolsonaro a distribuição de absorventes expõe 'pobreza menstrual'\", acesso em 09/10/2021.

Publique na Academia Médica, clicando no passo a passo e compartilhe conhecimento!

","external_link":null,"list_items":[],"recipe":{"portions":"","total_time":"","description":"","ingredients":[],"stages":[],"nutritional_information":""},"word_count":529,"read_time":4},"content_draft":{"title":"Vulnerabilidade menstrual, um problema de saúde pública.","slug":"vulnerabilidade-menstrual-um-problema-de-saude-publica","cover_image":null,"main_content":"

Desde 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera o acesso à higiene menstrual um direito que precisa ser tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos.

estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino;
pessoas em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;
pessoas apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e
pessoas internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

Se postos de saúde distribuem preservativos de graça, não deveriam distribuir também absorventes se tratando de um problema de saúde pública?

Conteúdo relacionado

Referências

Publique na Academia Médica, clicando no passo a passo e compartilhe conhecimento!

","read_time":4},"author":{"id":"5f957667d52ac41a26cc5d24","name":"Lilian Galligani","slug":"liligalligani","image":"https://users.redesign.static-01.com/5f957667d52ac41a26cc5d24/s/images/203c343eb9856ef4f46cce0267fb48a72d14aa3c.jpg","job":"","company":"","bio":"Acadêmica de MEDICINA e pós-graduada em AUD. EM SAÚDE. "}}]}}}

Ops! Algo deu errado...

Nenhuma notificação

#saudedamulher (1)

Vulnerabilidade menstrual, um problema de saúde pública.

Nova Publicação

Ops! Algo deu errado...