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A Era digital na hipertensão: Como o Telemonitoramento está mudando o tratamento

A Era digital na hipertensão: Como o Telemonitoramento está mudando o tratamento
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jul. 19 - 4 min de leitura
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Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, os avanços na tecnologia de saúde digital estão transformando a maneira como a assistência médica é fornecida. Entre essas inovações, o telemonitoramento de automedida da pressão arterial (SMBP) tem ganhado destaque. Portanto, é essencial que médicos especialistas e pesquisadores de saúde estejam à frente deste desenvolvimento, não apenas para estar em sintonia com as inovações tecnológicas, mas também para melhorar a eficácia do diagnóstico e gestão da hipertensão. O SMBP oferece a oportunidade de coletar várias leituras de pressão arterial de forma confiável fora do ambiente clínico, melhorando assim a precisão do diagnóstico e permitindo um gerenciamento de doenças mais personalizado e eficaz. 

O SMBP é um processo crucial para o controle eficaz da hipertensão. Através dele, as medidas da pressão arterial realizadas pelo próprio paciente são armazenadas de forma segura e transmitidas de forma confiável às equipes de saúde. Tais dados são essenciais para melhorar o diagnóstico e o gerenciamento da hipertensão.

O primeiro passo para implementar o SMBP na prática clínica envolve a definição de metas e escopo do programa, a seleção da população-alvo, a escolha de dispositivos de pressão arterial clinicamente validados com tamanhos de manguito adequados e a seleção de uma plataforma de telemonitoramento. A conformidade com as normas de transmissão de dados, segurança e privacidade é vital. A implementação do fluxo de trabalho clínico envolve a inscrição e treinamento do paciente, a revisão dos dados telemonitorados e a iniciação ou titulação dos medicamentos de forma protocolizada com base nessas informações.

No entanto, a adoção de programas de SMBP ainda enfrenta desafios. Entre os principais obstáculos estão a acessibilidade, o reembolso do médico e do programa, a disponibilidade de elementos tecnológicos, os desafios com a interoperabilidade e as restrições de tempo/carga de trabalho. No entanto, espera-se que a adoção do telemonitoramento do SMBP continue a crescer, impulsionada por uma maior familiaridade dos médicos, disponibilidade mais ampla da plataforma, melhorias na interoperabilidade e reduções nos custos que ocorrem com a escala, competição e inovação tecnológica.

Por outro lado, a hipertensão afeta quase 1 em cada 2 adultos nos Estados Unidos e quase 1,3 bilhão de adultos globalmente. Embora o controle da pressão arterial nos EUA tenha caído, em parte devido às restrições da pandemia da COVID-19, o uso do SMBP tem aumentado. Isso é atribuído à sua capacidade de permitir a coleta de várias medidas de pressão arterial ao longo do tempo e calcular a pressão arterial média, o que tem maior precisão prognóstica em comparação com a pressão arterial no consultório.

A implementação bem-sucedida de programas de telemonitoramento do SMBP requer a consideração de vários elementos recomendados. A colaboração estreita entre pacientes e clínicos é fundamental, e vários órgãos federais e organizações nacionais nos Estados Unidos estão trabalhando para apoiar a ampla implementação do telemonitoramento do SMBP na prática clínica.

Apesar dos obstáculos presentes na implementação, é esperado que a adesão ao telemonitoramento do SMBP continue a expandir-se globalmente, mesmo que a um ritmo mais lento em comparação com os EUA. Conforme aumenta o conhecimento sobre como instituir e sustentar um programa eficiente, juntamente com os progressos tecnológicos, a ampliação da acessibilidade das plataformas, as inovações em interoperabilidade e a redução de custos, é provável que muitas das dificuldades atuais para uma implementação exitosa sejam vencidas.

Assim, o SMBP e o telemonitoramento são ferramentas importantes para controlar a hipertensão, sendo necessário seu uso e aprimoramento constante em todo o mundo. Neste cenário, a Academia Médica desempenha um papel vital ao manter os profissionais de saúde informados sobre esses avanços.  Para se aprofundar sobre o programa de SMBP e diretrizes para execução, acesse o artigo na íntegra, clicando aqui. 




Leia também: 


Referência: 

Debra McGrath and others, Self-Measured Blood Pressure Telemonitoring Programs: A Pragmatic How-to Guide, American Journal of Hypertension, Volume 36, Issue 8, August 2023, Pages 417–427, https://doi.org/10.1093/ajh/hpad040


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