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Biosensores – Em breve teremos um permanente em nosso corpo!

Biosensores – Em breve teremos um permanente em nosso corpo!
Guilherme Rabello
fev. 18 - 5 min de leitura
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Texto publicado inicialmente neste link.

Nos artigos que abordaram Os Wearables da Saúde (A fronteira final na Medicina personalizada? e Conseguiremos domar esta “fera”?), nós analisamos que a nova onda dos aparelhos vestíveis (os tais wearables) já chegou e tem um horizonte enorme a nossa frente. E ela ampliará seus usos na Saúde, o que nos traz diversos desafios éticos, técnicos e legais que precisaremos enfrentar.

Mas, há outra área muito interessante no campo da medição dos sinais vitais e de outros elementos fisiológicos de nosso corpo, que pode nos auxiliar a manter nossa Saúde em dia – são os Biosensores!

Biosensor é um dispositivo analítico, usado para a detecção de uma substância ou elemento, que combina um componente biológico com um detector físico-químico. Eles em geral utilizam tecnologias baseadas em medição elétrica, química, de luz, dentre outras, para poder gerar os dados que queremos medir.

As suas aplicações hoje na Saúde são diversas, sendo uma das mais conhecidas do publico a medição da glicose para pacientes com diabetes. Talvez nós mesmos sejamos usuários desta tecnologia ou conhecemos alguém que a usa.

O avanço neste campo dos biosensores tem sido significativo, sendo que as novas opções no mercado já incorporam diversas tecnologias que visam facilitar a rotina e minimizar as inconveniências de se fazer as medições regulares. Um exemplo está nos novos biosensores de pele que podem medir permanentemente os valores de glicose do paciente e se comunicam por tecnologia sem fio (wireless) com um smartphone ou outro aparelho para registrar os dados e indicar os resultados. Nada mais daquelas picadas no dedo para tirar a gotinha de sangue!

Outro exemplo clássico de monitoração através de biosensores é o sistema Holter. Ele foi criado por um biofísico norte-americano chamado Norman J. Holter, que o inventou em 1949 e desde então já passou por diversas melhorias.

O Holter é um monitor portátil que registra a atividade elétrica do coração e suas variações durante as 24 horas do dia visando detectar alterações que em geral não aparecem num exame de tempo mais curto, como num eletrocardiograma simples. Ele foi até usado pela NASA quando os astronautas viajaram para a Lua, de modo que pudessem ser monitorados a distância pelos médicos.

De modo geral, o Holter é um eletrocardiograma gravado para ser lido posteriormente pelo médico. Só que o processo de coleta, leitura e análise dos dados ainda dá muito trabalho e não é otimizado, como vemos no diagrama abaixo.

Então, o que os novos biosensores estão trazendo de novidade e ganho para os médicos e pacientes?

  • Primeiro: simplicidade no uso deles – precisam ser pequenos, não incomodar o paciente (especialmente com um monte de fios) e captar os dados de modo ininterrupto e fidedigno.
  • Segundo: terem capacidade de interatividade transparente, que não demande ações específicas dos pacientes e dos médicos no registro e transferência dos dados medidos, integrando-se a Internet das Coisas (IoT).
  • Terceiro: ser multiparamétrico, para poder integrar em um mesmo dispositivo diversas medições do usuário.

E, se associarmos a estes novos biosensores a capacidade de processamento das novas gerações de chips de computação em miniatura, como o Intel® Curie, então iremos ver uma completa revolução em como a Saúde Digital incorporará soluções para o beneficio dos pacientes e de todos nós que desejamos cuidar bem de nossa saúde.

Quando a luz de verificação do motor de seu carro liga, significa geralmente que algo está indo mal e você precisa dar atenção antes que o carro pare de funcionar. Os médicos dizem que a mesma coisa acontece no corpo humano.

Para exemplificar como os biosensores irão ter um papel importante no futuro breve em nossas vidas, detectando mudanças antes de nos apercebermos e podendo nos salvar, veja o vídeo a seguir.

 

As possibilidades de uso dos biosensores são inúmeras, assim como os desafios de fazer as soluções criadas trabalharem com segurança, sigilo e efetividade a favor dos usuários delas. O que temos certeza é que de alguma forma na Saúde Digital, nós iremos acabar usando permanentemente um desses biosensores em nosso corpo, é  questão de tempo!

 

No próximo post traremos novos tema relacionado a aonde a Saúde Digital nos levará? Para seguir os artigos de Guilherme Rabello clique aqui.

Leia também os artigos anteriores da série sobre Saúde Digital

Você pode acompanhar outros textos sobre o tema seguindo a tag SAÚDE DIGITAL, clicando aqui.

 

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Abraços a todos!

Guilherme Rabello

Gerência Comercial e Inteligência de Mercado

InovaInCor – InCor / Fundação Zerbini

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