Começa nesta segunda-feira (8), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, voltada para crianças com idade inferior e 5 anos. De forma simultânea, acontecerá ação de Multivacinação para Atualização da Caderneta de menores de 15 anos de idade. A iniciativa, do Ministério da Saúde, vai até 9 de setembro. Em 20 de agosto, deve acontecer o Dia D de Mobilização Nacional.
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode provocar paralisias irreversíveis e fatais. A vacinação é a principal forma de prevenção. O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de erradicação da doença. Em todo o mundo, as campanhas de imunização reduziram de centenas de milhares para apenas algumas dezenas o número de casos por ano. Recentemente, porém, a doença reapareceu em alguns países, gerando alerta. Nos Estados Unidos, por exemplo, um caso foi detectado no último mês de julho, após o país ficar livre da doença por cerca de 30 anos.
A nova campanha busca alcançar pelo menos 95% das crianças de 1 a 4 anos de idade. A última vez que isso ocorreu no Brasil foi em 2015, quando as taxas de vacinação começaram a cair. O esquema de proteção contra a poliomielite prevê a aplicação de três doses aos 2, 4 e 6 meses de vida, mediante injeção intramuscular. Depois, a criança deve receber reforço com 15 meses e com 4 anos, de forma oral.
Já a multivacinação prevê a atualização das cadernetas de crianças e adolescentes, conforme calendário previsto no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Serão disponibilizadas doses que protegem contra diversas doenças, como tuberculose, hepatite, tétano, difteria, meningite, febre amarela, sarampo, rubéola, caxumba, catapora, gripe e covid-19.
Os estados e municípios têm autonomia para organizar o atendimento levando em conta a realidade local. Os pais de crianças e adolescentes devem levá-los junto com suas cadernetas de vacinação para que as equipes de saúde possam identificar quais imunizantes precisam ser aplicados. "É fundamental para o Brasil se manter livre de doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas", diz, em nota, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Com informações de Agência Brasil.
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