A mais recente edição sobre tratamento de tuberculose recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foi publicada no último mês de dezembro. A entidade publica diretrizes sobre o assunto desde 2020. Até agora, além de abordar intervenções terapêuticas, o compilado de temas abrange prevenção, rastreio, diagnóstico e manejo da doença em crianças e adolescentes.
Estima-se que cerca de um quarto da população mundial esteja infectada com a bactéria da tuberculose (TB). De 5 a 10% dos infectados desenvolvem tuberculose ativa durante a vida. As diretrizes de Tuberculose consolidadas da OMS agrupam todas as recomendações sobre a doença e são complementadas por módulos correspondentes de um manual operacional consolidado.
O manual fornece conselhos sobre como colocar em prática as recomendações na escala necessária para alcançar o impacto nacional e global.
Módulo 1: Tratamento preventivo da tuberculose
Este manual inclui as dezoito recomendações sobre o tratamento preventivo da tuberculose na atualização de 2020, as quais abrangem etapas críticas na gestão programática que seguem a cascata de cuidados preventivos. As principais mudanças introduzidas incluem recomendações condicionais para um regime diário de rifampicina e isoniazida por um mês e um regime diário de rifampicina por quatro meses como opções alternativas de tratamento em todos os cenários de carga de TB. Para ler o arquivo na íntegra, clique aqui.
Módulo 2:Triagem sistemática para tuberculose doença
O texto contempla dezessete recomendações novas e atualizadas para o rastreamento da tuberculose. Elas identificam contatos de pacientes com tuberculose, pessoas vivendo com HIV, pessoas expostas à sílica, prisioneiros e outras populações-chave a serem priorizadas para triagem de tuberculose.
A nova orientação também recomenda diferentes ferramentas para triagem, como triagem de sintomas, radiografia de tórax, software de detecção auxiliado por computador, testes moleculares de diagnóstico rápido aprovados pela OMS e proteína C-reativa. Para ler o manual na íntegra, clique aqui.
Módulo 3: Diagnóstico rápido para detecção de tuberculose
Neste manual, a OMS incluiu três novas classes de teste de amplificação de ácido nucleico (NAAT). Esses testes podem ser usados para a detecção inicial de TB e resistência à rifampicina e isoniazida; detecção de resistência à isoniazida e aos agentes anti-TB de segunda linha; e para a detecção de resistência à pirazinamida. Além disso, essa diretriz fornece antecedentes, justificativas e recomendações sobre essas tecnologias de diagnóstico de TB endossadas anteriormente.Você pode ler a diretriz completa, clicando aqui.
Módulo 4- Tratamento de Tuberculose Resistente a Medicamentos 2022
Esse documento informa os profissionais de saúde sobre como melhorar o tratamento e os cuidados para pacientes com TB resistente a medicamentos. Para ter acesso à diretriz completa, clique aqui.
Módulo 5 - Manejo da tuberculose em crianças e adolescentes
Crianças e jovens adolescentes com menos de 15 anos representam cerca de 11% de todas as pessoas com tuberculose em todo o mundo. Isso significa que 1,1 milhão de crianças e jovens adolescentes com menos de 15 anos adoecem com tuberculose todos os anos. 225 mil perdem a vida.O documento elaborado pela OMS inclui:
- Novas recomendações que abrangem abordagens diagnósticas para TB;
- tratamento mais curto para crianças com TB não grave suscetível a medicamentos;
- uma nova opção para o tratamento de meningite tuberculosa;
- uso de bedaquilina e delamanida em crianças pequenas com TB multirresistente e resistente a rifampicina;
- modelos integrados de cuidados descentralizados e centrados na família para a detecção e prevenção de casos de TB em crianças e adolescentes.
Esse conjunto de módulos fez parte de uma campanha da OMS que foi elaborada em consequência da Declaração Política adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2018. Na época, a organização previu o diagnósticar e tratamento de cerca de 40 milhões de pessoas com tuberculose até 2022.
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