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Crianças mais novas transmitem mais COVID dentro de casa que as mais velhas

Crianças mais novas transmitem mais COVID dentro de casa que as mais velhas
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ago. 23 - 3 min de leitura
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Os estudos sobre a COVID-19 conseguiram desvendar muitas coisas, no entanto um interessante estudo trouxe um dado até então desconhecido.

O estudo partiu de uma observação de pediatras e dados que a epidemiologia mostrava:

No início da pandemia, existiam poucos casos de COVID-19 em pacientes pediátricos, em relação a isso, havia uma subnotificação de assintomáticos?

Outro ponto levantado seria em relação a transmissão do vírus para outros residentes da casa, qual idade transmite mais?

 

Com isso, o estudo objetivou o seguinte

Determinar se há diferença no risco de transmissão do SARS-CoV-2 para outros residentes da casa quando comparadas crianças mais jovens com crianças mais velhas.

Para considerar um caso secundário à infecção do paciente pediátrico, considerou-se que pelo menos um caso secundário ocorreu de 1 a 14 dias após a infecção do caso pediátrico.

 

Desenho do estudo

A partir dessas ideias, desenhou-se um estudo coorte que acompanhou as pessoas em Ontario, Canadá, no período de 1 de junho até 31 de dezembro do ano de 2020. 

Foram excluídos da população de estudo, as casas onde não havia uma suite individual, assim como casas com múltiplos casos, ou ainda onde a idade do caso da COVID-19 não havia sabido a idade de origem, assim como, obviamente, as pessoas com mais de 18 anos de idade.

Os casos foram categorizados por idade sendo os grupos formados pelas seguintes idades

  • 0 a 3 anos de idade
  • 4 a 8 anos de idade
  • 9 a 13 anos de idade
  • 14 a 17 anos de idade

 

Quais foram os resultados do estudo?

De um total de 6280 casos pediátricos, 1717 lares experienciaram uma infecção secundária à infecção primária, representando 27,3% do total.

A média de idade dos pacientes pediátricos foi de 10,7 (5,1) anos e 2863 (45,6%) eram do sexo feminino.

 

E se você fosse apostar em quem mais transmitiu, colocaria as fichas em quem?

Os pacientes com idade entre 0 e 3 anos foram os que tiveram as maiores taxas de transmissão, quando comparadas com os adolescentes com idade entre 14 a 17 anos, com um ODDS RATIO de 1,43 (95% de intervalo de confiança e desvio padrão de 1,17-1,75).

Para saber os pormenores do estudo, você pode acessá-lo, clicando aqui.

 

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Escrito por Yan Kubiak Canquerino - Colaborador da Academia Médica



Referência

Association of Age and Pediatric Household Transmission of SARS-CoV-2 Infection | Infectious Diseases | JAMA Pediatrics | JAMA Network. Acesso em 19/08/2021.


 

 


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