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COVID-Longa em crianças, estudo prospectivo para analisar a frequência

COVID-Longa em crianças, estudo prospectivo para analisar a frequência
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ago. 19 - 3 min de leitura
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É inevitável falar sobre a COVID-19, ainda mais com o retorno de uma nova variante que causa mais incertezas e para suprir tais incertezas o estudo é fundamental.

Com base nisso, o foco hoje é um estudo publicado na European Respiratory Journal  que versa sobre os fatores de risco para a COVID-Longa em pacientes pediátricos previamente hospitalizados, utilizando um protocolo do Consórcio internacional para infecções emergentes e síndrome respiratória aguda (ISARIC).

Trata-se da exploração de dados de um estudo prospectivo.

 

Objetivo do estudo

As sequelas da COVID-19, chamada de COVID-Longa em crianças, permanece pouco caracterizada. 

Com isso, o estudo buscou avaliar resultados em longo prazo em crianças que foram hospitalizadas assim como levantar quais eram as comorbidades que tais crianças possuíam.

 

Como o estudo foi realizado?

Foram acompanhadas crianças menores ou com pelo menos 18 anos de idade que foram admitidas em serviço hospitalar com COVID-19 confirmada.

O estudo incluiu crianças hospitalizadas entre 2 de abril de 2020 a 26 de agosto de 2020.

Foi realizada uma entrevista por telefone utilizando a pesquisa de acompanhamento pediátrico de saúde e bem estar para a COVID-19 lançando mão de uma ferramenta do Consórcio internacional para infecções emergentes e síndrome respiratória aguda (ISARIC).

Os sintomas foram considerados persistentes caso tenham se mantido por mais de 5 meses.

 

Conclusões do estudo

61% das crianças elegíveis foram incluídas na avaliação, ou seja, 518 de 853. A média de idade foi 10.4 anos (3-15,2) e 270 (52,1%) eram meninas. A média de dias que foram acompanhados foi de 256 dias (223-271). 

Entre os problemas mais comuns relatados foram sintomas como fadiga, distúrbios de sono e problemas sensoriais.

Segundo os dados encontrados, pelo menos um quarto dos pacientes tem sintomas persistentes da COVID-19.

Pelo menos 1 em cada 10 reportou que manteve impactos multissistêmicos com dois ou mais comprometidos por sintomas de longo prazo.

Os fatores de risco para sintomas persistentes segundo o estudo foram

  • Idade mais velha (6-11) [odds ratio (OR) 2.74] e 12-18 anos [OR de 2.68) 
  • Histórico de doenças alérgicas

 

 

Fonte: DOI: 10.1183/13993003.01341-2021

Para acessar o artigo na íntegra, clique aqui.

 

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Escrito por Yan Kubiak Canquerino - Colaborador da Academia Médica


 

Referência

Risk factors for long covid in previously hospitalised children using the ISARIC Global follow-up protocol: A prospective cohort study | European Respiratory Society (ersjournals.com). Acesso em 17/08/2021.





 


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