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Diagnóstico do Diabetes Mellitus: características de cada exame

Diagnóstico do Diabetes Mellitus: características de cada exame
Debora Vitoria Galvan
dez. 3 - 3 min de leitura
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Como sabemos, o diabetes mellitus é um problema de saúde de progressão silenciosa e com incidência crescente. Sendo assim, a escolha adequada dos exames complementares torna-se indispensável para confirmar o diagnóstico e dar início ao tratamento (farmacológico ou não) de forma a evitar o avanço da doença. 

Mas quais são os exames recomendados nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes?

Glicemia em jejum

Costuma ser o exame complementar mais solicitado devido ao baixo custo e à praticidade. Contudo, a glicemia em jejum pode ser comparada a uma foto, que registra, nesse caso, a glicemia no momento do exame. Uma desvantagem é a interferência dos glicocorticoides e de substâncias (como chás, por exemplo) que afetam o metabolismo dos carboidratos, e cujo uso muitas vezes não é relatado pelo paciente.

Teste oral de tolerância à glicose (TOTG)

Nesse exame, é coletada uma amostra de sangue em jejum para determinar a glicemia. Em seguida, o paciente ingere 75g de glicose via oral e após 2h da ingestão, mais uma amostra é coletada e avaliada. A vantagem do TOTG é que, em alguns casos, a glicemia pós-sobrecarga pode ser a única alteração no início do diabetes mellitus do tipo 2, cujo desenvolvimento da doença é insidioso. Contudo, salienta-se que pacientes com glicemia extremamente alterada associada à sintomas clínicos da doença não sejam submetidos a esse exame, pois a sobrecarga de glicose pode levar a complicações agudas da doença.

Hemoglobina glicada (HbA1c )

Antes exclusiva para o acompanhamento de diabéticos confirmados, a hemoglobina glicada agora é empregada no rastreio da doença, posto que reflete a glicemia dos últimos três a quatro meses, uma vez que permite avaliar a glicosilação dos eritrócitos. Além disso, o método em questão independe de jejum e sofre menor variabilidade durante o dia. Entretanto, por se tratar de uma medida indireta da glicemia, o exame pode ser alterado por condições como anemia e hemoglobinopatias, por exemplo. 

Diante disso, o exame alterado confirma o diagnóstico?

Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes Mellitus, a confirmação do diagnostico de DM requer repetição dos exames alterados, idealmente o mesmo exame alterado em segunda amostra de sangue, na ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia.

Destaca-se, contudo, que pacientes com sintomas de polifagia, polidipsia, poliúria e perda ponderal devem ser submetidos à dosagem de glicemia ao acaso e independente de jejum. Se a glicemia aleatória for ≥ 200 mg/dL, podemos confirmar o diagnóstico de diabetes mellitus.

 


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REFERÊNCIAS

GOLBERT, Airton et al. Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. [S. l.]: Clannad, 2019. Disponível em <https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2020.

 


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