Para Sassaki (1997), é a sociedade que deve ser modificada para incluir todas as pessoas. O autor explica que a inclusão social é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, no ambiente, espaços, equipamentos, aparelhos, utensílios, transporte e na mentalidade das pessoas, inclusive, do próprio portador da deficiência.
Assim, estaremos equiparando oportunidades para todos. E então poderemos dizer: educação inclusiva, transporte inclusivo, lazer inclusivo, ensino comum etc. Sassaki é considerado o "Pai da Inclusão no Brasil", completou 80 anos no mês de julho de 2020, enquanto educadora tive o prazer e a honra de conhecê-lo pessoalmente em um congresso. Ele é considerado o maior pesquisador brasileiro atuante sobre a educação, autonomia e direitos das pessoas com deficiência, possui uma carreira extensa, que acumula diversos livros publicados. Para esse escritor a inclusão envolve mudanças em todas as pessoas e, é um trabalho longo e desafiador.
Em pesquisas recentes encontrei "O Manual Prático de Linguagem Inclusiva" (ANDRÉ FISCHER, junho, 2020). Gostaria de compartilhar. O manual foi escrito, segundo o autor no período durante a primeira onda da pandemia do coronavírus. Sua criação partiu da constatação de que faltam subsídios em português para quem busca um uso mais consciente e responsável da linguagem inclusiva.
Para Fischer: "É preciso transformar a maneira de pensar. A língua é uma ferramenta viva e um dos instrumentos mais efetivos para essa evolução. A busca por substituir marcadores de gênero no discurso é um processo que explicita respeito e empatia, princípios básicos que deveriam reger as relações sociais. Assim como as técnicas de linguagem simples, que busca dar acesso universal à compreensão das informações contidas em textos, a linguagem inclusiva também é uma questão de cidadania".
Referência
SASSAKI, Romeu Kazumi. Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997. Rio de Janeiro