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Empreender é obrigação do profissional de Saúde

Empreender é obrigação do profissional de Saúde
Fernando Carbonieri
jan. 14 - 4 min de leitura
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Os mais puristas devem achar que estou louco por falar que é obrigatório que um profissional de saúde seja empreendedor. Talvez as primeiras ideias sejam:

"Poxa, eu sabia que o Fernando era fora da casinha, mas falar que todos os profissionais de saúde SÃO OBRIGADOS A EMPREENDER já é demais."

Calma meus amigos. Eu realmente acredito nessa ideia e, se você vier comigo até o final deste texto, eu irei mostrar os meus porquês de ter a certeza de que sem o empreendedorismo não há futuro na saúde.

Start with the basics:

Empreendedorismo é o processo de iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas [hospitais, grandes prestadoras de serviços de saúde, farmacêuticas e governo] já existentes. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas, produtos e processos novos, normalmente envolvendo inovações e riscos.

Começando por essa simples tradução sobre "o que é o empreendedorismo", podemos entender que tudo aquilo que tem espaço para ser substituído ou melhorado, deve ser feito e, para ser feito, necessita o engajamento de profissionais que têm vontade de resolver problemas de mundo real. Na saúde não faltam exemplos de grandes ícones que só ficaram na história porque ousaram correr riscos desnecessários aos olhos de uns e fundamentais aos olhos dos que sentiam a dor daquele problema.

A necessidade de mudança e de melhoria sempre foi uma constante em todo o sistema, até o momento em que viramos ferramentas da inovação e não mais os protagonistas dela. Falo isso pois, em grande maioria, somos apenas uma chave de fenda que veste jaleco e acredita que é livre para pensar e criar soluções. É meus amigos, deixamos de ser criadores e passamos a ser ferramental.

Ferramental para o governo, para o sistema de saúde suplementar, indústria diagnóstica ou farmacêutica, seguradoras e assim por diante... Somos ferramentas que anseiam em serem criadores sem saber como, mas tendo a certeza do porquê.

Um dos grandes nomes de liderança corporativa mundial, Simon Sinek tem uma teoria muito interessante sobre os porquês. Apenas um bom e claro WHY pode engajar o empreendedor a puxar todas as pessoas que ele precisa para poder realizar algo.

É assim que tem que acontecer com a saúde. Entramos em nossas faculdades com um propósito muito claro de ajudar as pessoas. Por diversos motivos, esse WHY é apagado durante a nossa formação e muitas vezes durante a nossa prática profissional. Entramos num mindset de simplesmente reproduzir a máquina. Entramos no "conforto" da inércia que nos prende num fluxo contínuo, que não nos traz nem felicidade, nem satisfação.

Imagine o que seria da saúde hoje se Semmelweiss não tivesse a percepção de que as mãos não lavadas, propagavam doenças. Ou ainda, se Halstead não tivesse a coragem de empreender em cirurgias mutilantes para extirpar o câncer. Ou se Townsand e Blalock não tivessem empreendido na loucura de corrigir e mexer no coração. E se Ben Carson não tivesse empreendido para separar gêmeos craniópagos pela primeira vez? Tantos outras e outros, que fizeram da saúde a mais bela das artes! Como eles, que fizeram em um mundo produtivo uma nova esperança para milhões de pessoas, hoje temos a possibilidade de criar. Basta apenas reorganizar o nosso mindset para aproveitar o ambiente que temos para solucionar dores reais.

Se você é um daqueles que está preso neste fluxo perpétuo, mas tem a percepção de que o mundo mudou e de que você precisa ser um agente da mudança do seu meio, venha conosco.

A saúde precisa de líderes empreendedores. Seja um deles!


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