A prescrição de Deucravacitinib, inibidor oral de tirosina
quinase 2 (TYK2), pode ser benéfico a pacientes com lúpus ativo. Isso é o que
diz um ensaio clínico de fase 2, cujos resultados foram publicados na Arthritis & Rheumatology.
Participaram da pesquisa 363 pacientes, sendo que alguns deles
receberam placebo e outros Deucravacitinib 3 mg duas vezes ao dia, 6 mg duas
vezes ao dia ou 12 mg uma vez ao dia. Após 32 semanas, a porcentagem dos que
obtiveram resposta benéfica foi de 34% com placebo, em comparação com 58%, 50%
e 45% com os respectivos esquemas de deucravacitinib.
Em relação a efeitos colaterais, foram observadas maiores taxas
de infecções e eventos relacionados à pele (como erupção cutânea e acne) entre
os que receberam deucravacitinib do que entre os que consumiram placebo.
As taxas de eventos
adversos graves foram semelhantes, incluindo infecções, tuberculose, eventos
cardiovasculares e trombóticos. Não houveram óbitos.
Referência:
Eric Morand et al,
Deucravacitinib, a Tyrosine Kinase 2 Inhibitor, in Systemic Lupus
Erythematosus: A Phase 2, Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial,
Arthritis & Rheumatology (2022). DOI: 10.1002/art.42391