Estudo apresentado no encontro anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica sugere que a exposição à luz azul, por meio de uso regular de celulares e tablets, pode alterar os níveis de LH e estradiol em meninas e, assim, aumentar o risco de puberdade precoce.
Para investigar os efeitos da exposição à luz azul, os pesquisadores utilizaram ratos do sexo feminino e os dividiram em três grupos. O primeiro foi exposto a um ciclo normal de luz azul. O segundo, a um ciclo de seis horas. O último foi submetido a 12 horas de exposição.
Segundo os autores, os primeiros sinais de puberdade aconteceram precocemente em ambos os grupos expostos à luz azul, sendo que quanto mais duradoura a exposição mais cedo ocorreu a puberdade.
Além disso, os ratos expostos à luz azul tiveram seus níveis de melatonina reduzido, aumento dos hormônios reprodutivos (estradiol e LH) e mudanças físicas no tecido ovariano compatíveis com o início da puberdade. Com a exposição de 12 horas, os ratos demonstraram alguns sinais de dano celular e inflamação nas células ovarianas.
Os pesquisadores ressaltam que, como o estudo foi feito em camundongos, não é possível ter certeza se a luz azul representa a mesmo risco a crianças do sexo feminino. Porém, apesar de não conclusiva, a pesquisa traz um alerta sobre malefícios gerados pelo uso de dispositivos emissores de luz azul por crianças em fase pré-puberal,principalmente durante a noite, período em que a exposição pode gerar maiores efeitos de alteração hormonal.
Referência:
ENDOCRINOLOGY, European Society For Paediatric. Excessive smartphone screen time linked to earlier puberty onset. Disponível em: https://medicalxpress.com/news/2022-09-excessive-smartphone-screen-linked-earlier.html. Acesso em: 16 set. 2022.
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