Este artigo faz link com o artigo escrito há algum tempo atrás aqui na comunidade com o título Se seu paciente não toma a medicação, a culpa é sua!.
Com base nesse TED abaixo, versaremos sobre a participação dos(as) pacientes
Qual é a problemática sendo abordada?
É de conhecimento de todos os profissionais da saúde que o paciente no atendimento primário e secundário muitas vezes tem um grande papel na eficácia da sua terapêutica, portanto, se o paciente não consegue fazer as coisas que o(a) profissional pediu é problema do(a) paciente, certo? Errado.
Por mais que existam alguns pacientes refratários às terapêuticas, a maior parte dos insucessos terapêuticos no que tange à função e papel do paciente envolve um problema que surge no momento de interação entre o profissional da saúde e o(a) paciente.
Como assim?
Um estudo em 1981, citado por Thomas Goetz no TED linkado buscou analisar o motivo das pessoas não passarem fio dental e escovarem os dentes, para isso, eles fizeram um estudo experimental colocando medo nas pessoas, mostrando que desfechos muito desfavoráveis poderiam acontecer com elas caso elas não escovassem os dentes. E o resultado foi que, embora o medo motivasse para a prevenção de doenças dentárias, o fator que mais impactou no resultado foi as pessoas sentirem ou não em ter a capacidade de implementar aquele hábito novo de prevenção
O que isso nos mostra?
Como Goetz cita, Bandura mostrou em seus estudos que informação personalizada em prol de motivar e educar as pessoas funciona de maneira eficiente em prol de garantir a participação do(a) paciente.
Com base nisso, Goetz mostra um fluxograma que é bom e eficaz em engajar os pacientes em participar das terapêuticas, a fim de garantir o sucesso clínico.
Segundo ele, temos que entregar informação personalizada, adaptar os dados de estudos em saúde para a problemática e situação do(a) paciente, mostrar em que estado ele(a) se encontra, onde esperamos que ele(a) chegue, e a maneira com que fará aquilo.
É necessário conectar a informação com a ação
Goetz durante a sua fala mostra vários exemplos de informações que são apresentadas diariamente na medicina de uma forma muito rude e de difícil assimilação, afastando muito o paciente do que é seu cenário clínico, dificultando a participação dele na sua terapêutica e diagnóstico, tendo impactos negativos em sua saúde.
O foco não deve ser no médico, nem no profissional da saúde, deve ser no paciente
Pois é, no final, ele que deve adotar novos hábitos e comportamentos
No fim, ele deixa como sugestão 4 perguntas que todo paciente deveria fazer em seu atendimento, mas você pode, como profissional, adiantar elas e já entregar o que o paciente às vezes não exige.
Ver se ele(a) gostaria de ter acesso aos resultados
Entender e explicar para ele(a) o que os resultados significam
Mostrar as opções terapêuticas de maneira simples e fácil
Explicar o que se espera do(a) paciente e onde busca-se chegar
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Escrito por Yan Kubiak Canquerino - Colaborador da Academia Médica