Academia Médica
Academia Médica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Formação médica multipolar: uma demanda latente por saúde integral

Formação médica multipolar: uma demanda latente por saúde integral
Augusto César
dez. 10 - 2 min de leitura
000

O tema “Relação médico-paciente no século XXI: os desafios da tecnologia no atendimento” foi amplamente discutido em um evento da IFMSA Brazil - UFPR, no qual tive a oportunidade de conhecer o Prof. Dr. Celmo Celeno Porto, de repensar a problemática da assimetria relacional do binômio médico-paciente e de antever soluções efetivas para a saúde integral.

Além disso, pude compreender um pouco mais sobre os desafios da educação médica na revolução digital e assimilar a necessidade de uma readequação dos profissionais de saúde em meio a um cenário de automatização de processos. Por isso, a importância de resgatarmos, mais do que nunca, a função social do médico como prestador de serviços e de quebrarmos o dogma da invulnerabilidade médica, pretendendo, assim, garantir a saúde integral da comunidade de igual para igual. 

Com certeza, precisamos da inovação propiciada pelas novas tecnologias, e não apartar os avanços da inteligência artificial, com o intuito de melhorar o tratamento médico. Mas também precisamos reintegrar a humanização como ferramenta para a excelência da medicina. A vanguarda primordial é recolocar a educação médica no plano daquilo que é humano. Precisamos de responsabilidade política, ética e moral, e de compaixão para enxergarmos o outro como guia indispensável para a escolha do tratamento. É preciso dar voz ao paciente. Conferir visibilidade a ele é o mínimo de respeito necessário a sua individualidade. 

Devemos urgentemente incorporar o abecê de que a demanda por saúde é translacional. Assim, além do rompimento com tratamentos cartesianos (isto é, segmentados), precisamos exigir a capacitação médica, por exemplo, quanto ao entendimento de farmacoeconomia — visando ao arrefecimento da toxidade financeira dos tratamentos — e quanto à gestão de leitos e de recursos, pensando na questão de sustentabilidade hospitalar. 

Portanto, trata-se certamente de como o Dr. Porto finalizou a sua fala nesse dia:

“Para ser médico, sê inteiro.” 

 


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você