O futuro do Sistema Único de Saúde (SUS) foi discutido em painel do Fórum Pró-Desenvolvimento da Saúde RS, que aconteceu na última quinta-feira (18), em Porto Alegre, reunindo diversos especialistas da área de saúde não só do Rio Grande do Sul, mas de todo Brasil. Entre os presentes, estava o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, e o secretário de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto.
Durante o debate, a continuidade do SUS foi diretamente relacionada à necessidade de implantação e implementação de ferramentas de governança e gestão. Além disso, foram apontados como fundamentais a existência de indicadores de efetividade; ferramentas voltadas à comprovação e monitoramento das atividades; transparência, qualificação de resultados; adoção de protocolos eficazes de emergência; investimentos em Medicina customizada e de precisão; e valorização de terapias genéticas.
Segundo o ministro do TCU, o futuro do sistema público brasileiro está diretamente ligado à mensuração, análise e controle de gestão do organismo universal de saúde pública. Ele disse que a aplicação e o fomento de ferramentas de controle e gestão "evitam a proliferação e o enraizamento da corrupção".
Já o secretário Angoti reforçou que critérios vinculados a modernizações e o aporte em pesquisas científicas melhoram a qualificação e formação dos médicos, dando aos profissionais capacidade naquilo que eles sabem fazer. Ele fez menção à necessidade ou não de abertura de novos cursos de Medicina e novas vagas nos cursos já existentes, assunto que gera polêmica entre algumas entidades ligadas à saúde e educação. "Educação de qualidade é diferente do aumento de escolas de Medicina", afirmou.
Já o vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, que fez a mediação do painel, declarou: "A saúde é direito do povo e um dever do Estado. O SUS é um misto de orgulho e apreensão, pois não consegue resolver a integralidade de suas propostas".
Com informações de Simers.
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