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Glioblastomas e o desafio da imunoterapia

Glioblastomas e o desafio da imunoterapia
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set. 4 - 4 min de leitura
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Fonte:  (Mayo Clinic, Jan. 10, 2023 )

Glioblastoma, o que é? Glioblastoma é um tipo agressivo de câncer que se inicia no cérebro ou medula espinhal. Originando-se de células chamadas astrócitos, que dão suporte às células nervosas, esse tumor cresce rapidamente, podendo invadir e destruir tecidos saudáveis. Mais comum em adultos mais velhos e em homens, os sintomas incluem dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, visão embaçada ou dupla e convulsões (Mayo clinic, 2023).

Um estudo conduzido pela UCLA Jonsson Comprehensive Cancer Center, publicado em 01 de setembro de 2023 no Journal of Clinical Investigation pode ter desvendado o porquê  o glioblastoma, um tipo de câncer cerebral agressivo, não responde tão eficazmente à imunoterapia quanto outros tumores que metastatizam para o cérebro.

Os tumores que se originam em outras regiões do corpo e se deslocam para o cérebro parecem reagir positivamente à imunoterapia, especialmente à abordagem conhecida como "immune checkpoint blockade". Isso é indicado pelo aumento significativo tanto de células T ativas quanto exauridas - um sinal claro de que o sistema imunológico está combatendo o câncer. No entanto, essa resposta robusta não é observada em pacientes com glioblastoma.

O estudo sugere que a principal diferença se encontra na forma como a resposta imune é iniciada em gânglios linfáticos que drenam fora do cérebro. No caso do glioblastoma, esse processo não ocorre de forma tão eficaz. O estudo contou com a análise de células imunes obtidas de pessoas com tumores cerebrais metastáticos que passaram pela imunoterapia. Estas observações foram contrastadas com amostras de pacientes que não foram submetidos ao tratamento. Através do sequenciamento de RNA de célula única, foi possível examinar o material genético em ambas as amostras.

Os resultados mostraram diferenças significativas na resposta dos T cells em relação aos dois tipos de tumores cerebrais. No caso dos tumores que se metastatizaram para o cérebro, foi observado que os T cells apresentavam características específicas relacionadas ao combate a esses tumores, provavelmente devido a um passo de "priming" mais eficaz fora do cérebro. Este estudo lança luz sobre a necessidade de novas estratégias terapêuticas para o glioblastoma. Uma abordagem potencial seria melhorar a ativação e apresentação de células T por células dendríticas.

Os pesquisadores agora se voltam para a análise de dados de um grupo maior e mais homogêneo de pacientes com melanoma metastatizado para o cérebro. Com os contínuos avanços no campo da imunoterapia, espera-se que insights como esses conduzam a abordagens terapêuticas mais eficazes e personalizadas para pacientes com glioblastoma e outros cânceres cerebrais. Este estudo é um lembrete do incrível trabalho em andamento na oncologia e da importância da pesquisa contínua para desvendar os mistérios do câncer e desenvolver terapias mais eficazes. A comunidade médica aguarda com  expectativas mais descobertas neste campo essencial.

Se você deseja aprofundar seus conhecimentos sobre este tema e explorar as descobertas detalhadas deste estudo, disponibilizamos o link para acesso ao conteúdo completo.


Leia também:


Referência: 

  • University of California - Los Angeles Health Sciences. "Study could help explain why certain brain tumors don't respond well to immunotherapy." ScienceDaily. ScienceDaily, 1 September 2023. <www.sciencedaily.com/releases/2023/09/230901124042.htm>.
  • Mayo Clinic. ( Jan. 10, 2023 ). Glioblastoma . https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/glioblastoma/cdc-20350148

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