Não é possível falar de História da Telemedicina sem definir o conceito do que vem a ser essa prática. A Palavra vem do grego τελε, que significa distância, e trata do uso da tecnologia da informação e telecomunicações para o fornecimento de informação e atenção médica a pacientes e outros profissionais de saúde situados em locais distantes¹. Fica claro que falar de Telemedicina é falar da condição si ne qua non da prática médica: a comunicação.
Do ponto de vista histórico, o uso da tecnologia da comunicação de cada época foi crucial. Desde a invenção da escrita já se usava cartas para a comunicação à distância². Essa foi importante, por exemplo, para a anunciação de óbitos bem como do estado geral do paciente. Isso é telemedicina em estágio mais primitivo.
A partir disso, é possível intuir que a história da telemedicina é a história da comunicação. A Carta, como dito, foi o principal meio de contato interpessoal até a descoberta e uso da eletricidade, na Idade Moderna. A aplicação dessa técnica, no entanto, só veio de fato a florescer com a maravilhosa invenção de Graham Bell, em 1870: o telefone³.
Com essas duas principais formas de comunicação, a carta e o telefone, a prática médica não ficava mais limitada ao espaço físico do médico. Era possível, então, pedir ajuda, compartilhar informações, bem como solicitar medicamentos num espaço maior do que delimitação geográfica da qual se encontrava o médico. Era o início da rápida escalada da Telemedicina.
Dentro de exatamente um século, 1870 ao ano de 1970, surgia então o que iria revolucionar para sempre a prática médica à distância: o computador pessoal. Foi preciso apenas de mais duas décadas até que a invenção de Tim Berners Lee marcasse de vez a comunicação, as interações pessoais e, por isso, a prática médica. Essa invenção foi a Internet.
É chegado, então, nos anos 1990, o ápice da comunicação e o começo de uma telemedicina perfeitamente madura e capacitada. Não importa quão avançado seja o computador, o robô, o smartphone ou as redes sociais, absolutamente todos esses precisam de internet para funcionarem de forma completa e competente. Revela-se, desse modo, a revolução total na comunicação e na interação humana feita pela internet.
Em 2020, se passaram 30 anos desde que essa revolução aconteceu e já é possível presenciar a telemedicina acontecendo de forma bastante capilarizada. Não foi possível frear esse processo e, apesar de todas as implicações éticas que o uso das tecnologias podem implicar, em 2018 foi regulamentada essa prática que já ocorria desde a antiguidade. O desafio agora é usar de todo esse avanço para fazer uma medicina mais competente, moderna e precisa.
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Referências:
1: https://pt.wikipedia.org/wiki/Telemedicina