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In mind, high tech & high emotion

In mind, high tech & high emotion
Sara Ferreira Destro
dez. 3 - 3 min de leitura
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Menos é mais, e simplificar as coisas pode estar mais ao nosso alcance do que imaginamos. Basta que treinemos nosso olhar, e saibamos quais ferramentas utilizar. O título acima é um dos lemas que herdei da minha família, e vou mostrar como pode ser útil para nós profissionais de saúde.

"In mind", porque é importante responder às perguntas "onde estou?" e "para onde vou?", em conjunto com a análise sobre o contexto em que vivemos.  Vale ressaltar que esse questionamento é contínuo, pois tudo pode mudar rapidamente, bem como 2020 nos ensinou. Inclusive, a lógica do cisne negro é um ótimo embasamento teórico para entendermos a pandemia causada pelo novo coronavírus: um evento aleatório, imprevisível e de grandioso impacto. É inegável que um dos maiores legados da pandemia estão sendo os avanços tecnológicos e virtuais na área de saúde, vide a consolidação da telemedicina no Brasil.

Cabe a nós, médicos e estudantes de medicina, encontrar como o "high tech" pode nos ajudar a gerar resultados e/ou facilitar a vida para nossos pacientes, e até para nós mesmos. Durante a graduação pouco estudamos sobre a história da medicina, e menos ainda sobre o futuro dela - o qual já estamos fazendo parte. Estamos na frente de batalha e vivenciamos diversos problemas, logo, somos potenciais fontes de soluções que podem ser eficientes em pelo menos um dos setores que atuamos.

Exemplificando, sugiro a leitura do estudo "IKONOS: An intelligent tool to support diagnosis of Covid-19 by texture analysis of x-ray images", desenvolvido com a participação da Universidade Federal de Pernambuco. Existem diversas formas de agir no dia a dia e no trabalho, com variados graus de complexidade, e isso será tema para outro post. A figura abaixo mostra o "in mind & high tech" dos cuidados em saúde de 2020, que pode ser um guia para se aprofundar no assunto.  O perfil transdisciplinar já é uma realidade, e a medicina pode (e deve) andar lado a lado com a tecnologia, criatividade e humanidade. Afinal, o que seria de nós sem o "high emotion?"

Somos seres que experimentamos a vida através de sensações. Do que adianta tanto empenho e tempo investido, se não valorizamos as experiências colecionadas que chamamos de vida? As nossas, dos nossos colegas e as dos pacientes? Acima de qualquer tecnologia e conduta prática, nos guiamos pela ética biomédica e por um outro princípio "off label": o acolhimento em momentos de vulnerabilidade. Sabemos que é intrínseco da condição humana a necessidade do cuidado, do toque e do olhar atento, sensações que apenas outro ser humano é capaz de proporcionar. Sendo assim, espero que essa reflexão seja útil para que em frente a tantas possibilidades, nossas ações sejam cada vez mais conscientes e impactantes.

Sugestão!

TED Talk com o americano Eric Topol, renomado cardiologista e cientista, autor do livro Deep Medicine: How Artificial Intelligence Can Make Healthcare Human Again: https://www.ted.com/talks/eric_topol_the_wireless_future_of_medicine?language=pt-br#t-278526

 


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Referências

"State Of Healthcare Q3’20 Report: Sector And Investment Trends To Watch": https://www.cbinsights.com/research/report/healthcare-trends-q3-2020/

"IKONOS: An intelligent tool to support diagnosis of Covid-19 by texture analysis of x-ray image": https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.05.05.20092346v1.full.pdf+html

 


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