O número de beneficiários de planos médico-hospitalares aumentou 3,3% no Brasil , de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. Em dezembro de 2022, eles eram 50,5 milhões.
A quantidade de contratos é equivalente ao marco histórico atingido em 2014. Após esse ano, as contratações de planos de saúde caíram, chegando no seu ponto mais baixo em junho de 2020, quando existiam 46,6 milhões de beneficiários. O número de vínculos voltou a crescer de forma acelerada com a pandemia.
Segundo o Instituto, a maior parte dos beneficiários encaixa-se na contratação coletiva empresarial, com cerca de 35 milhões de contratantes em dezembro de 2022. O dado é condizente com a idade mais frequente encontrada na população beneficiária: 19 a 58 anos.
Analisando os beneficiários por regiões, o Sudeste é a que mais conta com indivíduos com plano de saúde complementar, sendo São Paulo o estado com mais beneficiários no país. De dezembro de 2021 a dezembro de 2022, o estado apresentou o maior saldo (diferença entre admissões e desligamentos) acumulado de empregos formais, com um total de 13 milhões.
O número de beneficiários em planos coletivos empresariais está diretamente ligado ao emprego formal. Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ainda de dezembro de 2021 a dezembro de 2022, o estoque de empregos formais (quantidade total de vínculos celetista) teve crescimento de 2 milhões no Brasil. Isso representa uma alta de 5%.
Desta forma, acredita-se que o cenário de beneficiários em planos de saúde para 2023 dependerá da geração de empregos com carteira assinada no país, especialmente nas áreas da indústria e de serviços. Estes são os setores que tradicionalmente costumam ofertar o benefício aos colaboradores.
Referência:
MINAMI, Bruno. Nota de ACOMPANHAMENTO DE BENEFICIÁRIOS. Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. São Paulo/Sp, p. 1-20. fev. 2023.Leia também:
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