Academia Médica
Academia Médica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
loading
VOLTAR

Os médicos e as questões éticas relacionadas às vacinas contra a Covid-19

Os médicos e as questões éticas relacionadas às vacinas contra a Covid-19
Academia Médica
jul. 9 - 6 min de leitura
000

A pandemia da COVID-19 aumentou a consciência do papel dos médicos na saúde pública. Taxas decrescentes de imunização para doenças infantis, ceticismo público e surgimento de novas doenças têm servido para enfatizar as responsabilidades dos médicos em relação às vacinas. Essas responsabilidades incluem proteger a saúde do médico, dos pacientes e da comunidade em geral, promovendo a tomada de decisão compartilhada e neutralizando a desinformação sobre vacinação.

A pandemia trouxe à tona o papel do médico na saúde pública no que diz respeito às vacinações e a considerações éticas interligadas.

Vacinação Médica

No contexto de um desastre, como a pandemia da COVID-19, a obrigação ética do médico é subordinar seus interesses pessoais aos de seus pacientes. O Código de Ética Médica da American Medical Association (AMA) afirma que o primeiro dever de um médico em um desastre é "fornecer atendimento médico urgente... mesmo em face de um risco maior do que o normal para a segurança, saúde e vida dos próprios médicos".

Uma vez que a força de trabalho do médico não é um recurso ilimitado, os médicos também devem avaliar os riscos de fornecer cuidados a pacientes individuais em comparação com a capacidade de fornecer cuidados no futuro. O Código de Ética Médica da AMA também exige que “os médicos protejam sua própria saúde para garantir que continuem aptos a prestar cuidados”.

Essas duas opiniões, quando consideradas em conjunto, argumentam fortemente para que o médico aceite imunizações, a menos que haja contraindicação médica. Isso é especialmente verdadeiro para doenças como a COVID-19, que são facilmente transmitidas e representam um risco médico mais alto para pacientes, colegas de trabalho e outras pessoas com quem o médico está em contato. A responsabilidade do médico é balanceada em relação a outros fatores, incluindo a segurança e eficácia das vacinas disponíveis e a prevalência da doença contra a qual a vacina se destina. Os médicos não devem ser obrigados a aceitar a imunização com um novo agente até e a menos que haja um corpo de evidências cientificamente válidos que apoie sua segurança e eficácia.

Isenções não médicas para vacinação médica apresentam questões éticas. Os médicos que se recusam a ser vacinados por razões não médicas, como crenças pessoais de longa data, colocam a si próprios e a outras pessoas em risco de contrair uma doença evitável por vacina. As isenções de vacinas não médicas devem ser limitadas e devidamente equilibradas com outros interesses.

Os médicos que não são ou não podem ser vacinados têm a obrigação de proteger os pacientes, colegas profissionais de saúde e a comunidade em geral. Isso inclui evitar o contato direto com o paciente, quando apropriado.

Responsabilidade de neutralizar a desinformação e a hesitação de se vacinar

Campanhas de desinformação e conspiração contra a vacinação são comuns e generalizadas. Os médicos têm a obrigação de se informar sobre essas campanhas e, idealmente, de neutralizar a desinformação, especialmente nas redes sociais. Não fazer isso pode permitir que teorias não comprovadas proliferem e superem as verdades científicas que, por sua vez, impedirão o progresso na obtenção de imunidade generalizada.

Os pacientes que acreditam que a vacinação é uma escolha pessoal provavelmente não serão movidos por evidências científicas ou estatísticas. Um método mais eficaz para os médicos encorajarem a vacinação entre aqueles que de outra forma recusariam a vacinação pode ser apelar ao desejo do paciente de proteger os membros da família e outras pessoas que vivem ou interagem com eles regularmente, usando uma linguagem simples que se comunica de forma eficaz e facilita os pacientes para aplicarem em suas próprias vidas. Os médicos podem usar sua relação de confiança estabelecida com seus pacientes para comunicar que eles próprios foram vacinados e por que acreditam que é importante e seguro vacinar em geral e, especificamente, para a COVID-19.

Como médicos temos o dever de promover a saúde e incentivar a vacinação de todos os pacientes, amigos e familiares para que possamos evitar tragédias que podem ser prevenidas através da vacinação.

 


Você sabe como usar os parâmetros adequados do ventilador mecânico sem causar danos pulmonares ao seu paciente?

Quando há a combinação de uma alta concentração de oxigênio inalada e de um excesso de pressão para forçar a entrada do ar no pulmão, os danos da ventilação mecânica podem ser maiores que os seus benefícios. Dominar as técnicas da ventilação mecânica protetora é fundamental para que você possa ajustar o ventilador corretamente e evitar lesões ou danos pulmonares ao seu paciente.

Para te auxiliar a dominar melhor esse conhecimento, a Dra. Roberta Fittipaldi ministrar uma aula gratuita sobre Ventilação Mecânica Protetora no próximo dia 28/07, às 21h, aqui na Academia Médica, e você é meu convidado para essa troca de conhecimento!

Para participar, faça sua inscrição clicando no link abaixo ou no banner do evento!

bit.ly/ventilacao-protetora

 


Quer escrever?
Publique seu artigo na Academia Médica e faça parte de uma comunidade crescente de mais de 215 mil médicos, acadêmicos, pesquisadores e profissionais da saúde. Clique no botão "NOVO POST" no alto da página!


Referência

  1. Physicians and Ethical Issues Related to Covid-19 Vaccines. Dr. Gerald E. Harmon, President-Elect American Medical Association.

Conteúdo traduzido e adaptado por Diego Arthur Castro Cabral


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você