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Preço do soro fisiológico gera dificuldades a clínicas e hospitais e pode comprometer hemodiálises

Preço do soro fisiológico gera dificuldades a clínicas e hospitais e pode comprometer hemodiálises
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jul. 13 - 3 min de leitura
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Nos últimos meses, diversos hospitais e clínicas médicas brasileiras têm convivido com o constante desabastecimento de medicamentos e insumos. Entre os produtos em falta, estão alguns antibióticos (como azitromicina e amoxicilina), a dipirona e também o soro fisiológico, bastante utilizado em diversas áreas da Medicina, mas principalmente em processos de hemodiálise.

O assunto foi discutido na última terça-feira (12), em audiência pública da Câmara dos Deputados, com participação de integrantes da Comissão de Seguridade Social e Família. O destaque foi justamente a dificuldade de aquisição do soro, cujo valor foi reajustado acima do limite da inflação.

A situação é tão grave que, segundo o presidente da Associação dos Centros de Nefrologia de Santa Catarina (Ascene), Tarcísio Steffen, para não ter que suspender as sessões de hemodiálise, algumas clínicas do país já estão tendo que diluir cloreto de potássio com água destilada. A prática já seria comum em alguns estabelecimentos catarinenses. “Não há hemodiálise sem um insumo tão básico quanto o soro fisiológico. Temos que fazer algo”, afirmou.

Ainda durante a audiência, foi relatado que, até outubro de 2021, bolsas de 1.000 mililitros (ml) de soro fisiológico custavam cerca de R$ 4,01. Desde o último mês de abril, o insumo não sai por menos de R$ 21,00, sendo que já foi alcançado valor de até R$ 31,40. “Este aumento absurdo, gerou um problema para as clínicas. Ou vai faltar soro ou vai ficar financeiramente inviável as clínicas continuarem atendendo aos pacientes já em tratamento”, disse Tarcísio.

A alta dos custos de produção do soro foi apontada como principal causa do aumento. Isto envolve a desvalorização do real frente ao dólar, o aumento do valor da matéria-prima proveniente do exterior e dificuldades logísticas. “O maior custo de um frasco de soro é justamente a embalagem de plástico, item derivado do petróleo, que aumentou mais de 190% desde o início da pandemia”, explicou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Soluções Parenterais (Abrasp), André Francisco Ignácio, que também falou sobre a necessidade do Brasil restabelecer a produção nacional de insumos farmacêuticos.

Nos próximos dias, os participantes da audiência devem definir um cronograma de reuniões para tentar encontrar possíveis soluções ao problema.

Com informações da Agência Brasil. 

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Especialidades Médicas - Nefrologia


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