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Pressão Venosa Coronária na Angina Microvascular: Uma Análise Hemodinâmica

Pressão Venosa Coronária na Angina Microvascular: Uma Análise Hemodinâmica
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ago. 25 - 3 min de leitura
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Fonte:  JAMA Cardiol. doi:10.1001/jamacardio.2023.2566


A angina microvascular pectoris (MVA) caracteriza-se por alterações funcionais e/ou estruturais na microcirculação coronária que comprometem a perfusão miocárdica. Embora existam indicações empíricas de que a implantação de um redutor do seio coronariano possa melhorar a perfusão miocárdica em pacientes com MVA, o mecanismo fisiológico exato dessa intervenção e seu impacto na circulação venosa coronária ainda não estão claros.

Um estudo publicado em JAMA Cardiology em 23 de agosto de 2023, teve como objetivo esclarecer se um aumento na pressão venosa coronária pode induzir uma mudança mensurável na resistência microvascular coronária. O entendimento dessa relação é relevante, podendo oferecer insights em intervenção para pacientes com disfunção microvascular.


🔎Metodologia empregada para realização do estudo:

Realizou-se um ensaio clínico controlado, randomizado e cruzado para avaliar os efeitos das alterações na pressão venosa coronária sobre as resistências microvasculares. Pacientes com angina crônica e evidência de disfunção microvascular foram incluídos no estudo. Durante os procedimentos, os pacientes foram submetidos a medições invasivas sob condições de repouso e durante a hiperemia.


📚 Resultados da pesquisa:


Fonte:  JAMA Cardiol. doi:10.1001/jamacardio.2023.2566

Foram inscritos 20 pacientes, e os dados revelaram que a inflação do balão do seio coronário aumentou significativamente a pressão no seio coronário, mas não alterou a pressão atrial direita. Notou-se também uma redução na resistência coronária tanto em repouso quanto durante a hiperemia. O efeito foi mais pronunciado em pacientes com maior resistência microvascular inicial.


Fonte:  JAMA Cardiol. doi:10.1001/jamacardio.2023.2566


🧐 Pontos importantes para discussão:

Pacientes submetidos a angiografia coronária devido à angina, frequentemente apresentam doença microvascular. Esses pacientes muitas vezes não recebem um diagnóstico definitivo e permanecem sintomáticos. O estudo demonstrou que um aumento agudo na pressão do seio coronário pode resultar em uma redução da resistência microvascular e um aumento no fluxo sanguíneo. Baseado nas leis da física, pequenos aumentos no recrutamento capilar podem levar a melhorias significativas na resistência microvascular em pacientes com Angina Microvascular (AM), principalmente durante a hiperemia.


🚩 Conclusões desse estudo: 

O ensaio clínico mostrou que um aumento agudo na pressão do seio coronário pode diminuir a resistência microvascular e aumentar o fluxo sanguíneo, indicando que a vasculatura venosa pode ser uma ferramenta potencial para melhorar as resistências coronárias em pacientes com AM. Estes resultados podem influenciar futuras terapias, como a utilização de um redutor do seio coronário para tratar pacientes com esta condição.


Caso deseje obter informações adicionais e detalhadas sobre esta pesquisa, disponibilizamos o link para acesso ao estudo completo.


Leia também: 


Referência: 

Ullrich H, Hammer P, Olschewski M, Münzel T, Escaned J, Gori T. Coronary Venous Pressure and Microvascular Hemodynamics in Patients With Microvascular Angina: A Randomized Clinical Trial. JAMA Cardiol. Published online August 23, 2023. doi:10.1001/jamacardio.2023.2566


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