Adultos que se submetem a sessões de quiropraxia na coluna vertebral para dor lombar causada por hérnia de disco ou radiculopatia são menos propensos a sofrer discectomia nos dois anos seguintes, segundo coorte retrospectiva publicada recentemente na revista British Medical Journal (BMJ).
Para o estudo, os autores identificaram 5.785 pacientes que inicialmente receberam terapia manipulativa espinhal quiroprática e o mesmo número de pacientes que receberam outras formas de atendimento médico para a dor lombar. Eles usaram uma técnica estatística para controlar as variáveis que poderiam influenciar a probabilidade de os pacientes serem submetidos à discectomia. Nesse processo, eles combinaram pacientes em ambas as coortes de acordo com vários fatores, como idade, sexo, obesidade, tabagismo, injeções anteriores e medicamentos.
Como resultado, os pesquisadores descobriram que os pacientes que inicialmente receberam manipulação espinhal quiroprática para dor lombar eram significativamente menos propensos a se submeter a discectomia lombar durante dois anos de acompanhamento.
Em um ano de acompanhamento, 1,5% dos pacientes da coorte de quiropraxia foram submetidos à discectomia, em comparação com 2,2% dos pacientes da coorte que receberam outros cuidados.
Além disso, após dois anos de acompanhamento, 1,9% dos pacientes da coorte de quiropraxia foram submetidos à discectomia, em comparação com 2,4% dos pacientes da coorte que receberam outros cuidados.
Embora a descoberta de que a manipulação espinhal quiroprática esteja associada a uma probabilidade reduzida de discectomia seja promissora, o desenho do estudo foi observacional e incluiu dados do mundo real. Assim, existem certas limitações para os resultados do estudo. Por isso, os autores recomendam que o mesmo seja replicado usando um desenho de ensaio randomizado e controlado.
Referência:
Robert James Trager et al, Association between chiropractic spinal manipulation and lumbar discectomy in adults with lumbar disc herniation and radiculopathy: retrospective cohort study using United States' data, BMJ Open (2022). DOI: 10.1136/bmjopen-2022-068262
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