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10 Recomendações do que não fazer nas doenças da Tireoide

10 Recomendações do que não fazer nas doenças da Tireoide
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nov. 9 - 3 min de leitura
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O uso excessivo de intervenções de baixo valor é um problema global, uma vez que gera desperdício de recursos de saúde e pode colocar os pacientes em situações de risco. 

Tendo isso em vista, o Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM) desenvolveu uma lista com 10 recomendações de medidas a NÃO serem realizadas na abordagem de pacientes com doenças da tireoide:

  • Não repita as medições de autoanticorpos (antitireoperoxidase e antitireoglobulina) no acompanhamento de pacientes com hipotireoidismo de Hashimoto que têm um anticorpo positivo prévio: Uma vez que os autoanticorpos são positivos, a etiologia do hipotireoidismo é definida, e não há necessidade de repeti-los.
  • Não solicite medições de T3 total e/ou T3 livre em pacientes sem suspeita clínica ou diagnóstico de hipertireoidismo/tireotoxicose;
  • Não solicite ultrassom da tireoide para detecção de nódulos em pacientes sem anomalias anatômicas da tireoide no exame clínico;
  • Não prescreva triiodotironina (T3), isoladamente ou em combinação com levotiroxina (T4), para tratamento de hipotireoidismo: Embora a tireoide produza pequenas quantidades de T3, não há evidências de que o tratamento do hipotireoidismo deva incluir T3 visando a melhora dos sintomas;
  • Não solicite T3 reverso (rT3) para avaliação da função da tireoide: T3 reverso é um hormônio inativo e seu nível sérico não reflete a função tireoidiana;
  • Não solicite tireoglobulina na avaliação inicial de nódulos da tireoide: Os níveis séricos de tireoglobulina podem aumentar em várias doenças da tireoide (benignas e malignas), logo, a medição não adiciona informações sobre a natureza dos nódulos;
  • Não realize monitoramento frequente (intervalo inferior a 6 meses) com TSH e T4 livre em pacientes com hipotireoidismo tratados com dose estável de levotiroxina (LT4) e sem indicação clínica específica;
  • Não solicite marcadores moleculares na avaliação inicial de pacientes com nódulos tireoidianos: A biópsia aspirativa por agulha fina (PAAF) é o método mais preciso e de baixo custo para avaliar nódulos tireoidianos;
  • Não administre atividades com iodo radioativo alto para pacientes com carcinoma de tireoide considerado de baixo risco;
  • Não mantenha doses supressivas de levotiroxina (LT4) em pacientes com carcinoma diferenciado de tireoide com excelente resposta.

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Referências

José Miguel Dora, et al. Choosing Wisely for Thyroid Conditions: Recommendations of the Thyroid Department of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism. Arch. Endocrinol. Metab. 65 (2). Mar-Apr 2021. https://doi.org/10.20945/2359-3997000000323.

 


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