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Assédio Sexual é Vivenciado por Metade das Cientistas no Brasil

Assédio Sexual é Vivenciado por Metade das Cientistas no Brasil
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jan. 10 - 3 min de leitura
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Em um artigo publicado na revista Nature em 09 de janeiro de 2024, uma realidade preocupante foi revelada no meio acadêmico brasileiro. A pesquisa conduzida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) aponta que quase metade das pesquisadoras no Brasil enfrentam assédio sexual, especialmente aquelas no início de suas carreiras. 

Segundo o relatório da ABC, intitulado "Perfil do Cientista Brasileiro em Início e Meio de Carreira", baseado em uma pesquisa de 2022 com mais de 4.000 cientistas, 47% das mulheres relataram ter sofrido assédio sexual na academia brasileira, em contraste com apenas 10% dos homens. Este dado alarmante evidencia um desequilíbrio de gênero significativo no ambiente acadêmico.

O artigo da Nature traz exemplos de casos concretos, como o de "Maria", uma estudante de física que sofreu assédio de seu orientador, e "Carla", uma pós-doutoranda em biociências, evidenciando a prevalência e gravidade do problema em diferentes áreas e estágios da carreira científica.

Os episódios de assédio não apenas causam danos emocionais às vítimas, mas também interrompem trajetórias acadêmicas e profissionais, muitas vezes deixando cicatrizes duradouras. A ausência de canais efetivos de denúncia e apoio nas instituições acadêmicas agrava o cenário, contribuindo para a perpetuação do problema.

Enquanto algumas universidades brasileiras têm estabelecido políticas e comissões para combater a questão, é claro que medidas mais robustas e sistêmicas são necessárias. A iniciativa do Brasil em ratificar a Convenção sobre Violência e Assédio, da Organização Internacional do Trabalho, sinaliza um movimento positivo, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para a efetiva mudança cultural e estrutural nas universidades.

Esta divulgação, ressalta a urgente necessidade de abordar o assédio sexual na academia brasileira. Para os profissionais da saúde, conscientes dos profundos impactos psicológicos e sociais dessa realidade, torna-se essencial uma atuação ativa tanto no combate ao assédio quanto no apoio às vítimas, contribuindo para a criação de um ambiente acadêmico mais seguro e igualitário.



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Referência: 

Rodrigues, M. (2024, January 9). In Brazil, one in two female researchers has faced sexual harassment. Nature. Retrieved from https://www.nature.com/articles/d41586-024-00045-4


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